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Renata Feldman

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Sem volta

1 de maio de 2019 por Renata Feldman
8 Comentários. Deixe o seu também.

Há um tempo que não volta. O tempo do ontem, das memórias guardadas, das palavras não ditas, do beijo interrompido. O tempo do talvez que ficou perdido na própria indagação, das perguntas sem resposta, da labuta vivida, dos registros mais lindos.

Na sala de TV, desviando o meu olhar das quase sempre má notícias, um porta-retrato digital rouba a cena. E ali, naquele álbum vivo, cheio de cores e movimento, vejo resvalar o tempo. Por um instante desço no toboágua com o meu filho, carrego a minha filha no colo, esquento a mamadeira, deixo os dois com a avó e vou namorar em Paris, logo ali. Por um instante sou outono, primavera, semblante sério, rugas de tanto rir. Sou dona de cachorro, sou noiva jogando o buquê, sou dona do meu nariz. Quantos minutos, segundos, quantos calendários já passaram por mim?

Nessa hora já nem escuto o noticiário, apenas me vejo em retrospectiva pelo vidro daquele porta-retrato pós-moderno, “na minha época” eles eram estáticos e de madeira. E nesse tempo que não volta (será que não volta?) sou casa nova, ponte, construção, abraço de pai, bênção de mãe, paz e cantoria, pausa e travessia. Sou dez, vinte anos atrás, sou pôr do sol se pondo em mim.

Há um tempo que fica. Pra sempre. Ad aeternum o afeto desvelado, as coisas verdadeiras, o amor cultivado por mãos de jardineiros.

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Arquivado em: Amor, Família, Filhos, Vida
Marcados com: existência, identidade, tempo

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Comments

  1. Heloiza says

    1 de maio de 2019 at 20:28

    Lindas palavras! Tocaram-me profundamente. Grata! 🙏🏻

    Responder
    • Renata Feldman says

      3 de maio de 2019 at 10:22

      Quem fica tocada agora sou eu, Heloiza. Muito obrigada!

      Responder
  2. Andre says

    1 de maio de 2019 at 22:23

    nosso tempo.

    Responder
    • Renata Feldman says

      3 de maio de 2019 at 10:25

      Sim, nosso. Acompanhado do tempo (tanto tempo!…), esse pronome mais lindo.

      Responder
  3. Cesar Vieira says

    3 de maio de 2019 at 10:23

    Parabéns, querida Renata, por mais este post precioso, que me faz recordar tanto dos meus tempos de pai como de avô. Com meu abraço afetuoso, Cesar

    Responder
    • Renata Feldman says

      3 de maio de 2019 at 10:26

      Tempos especiais, Cesar. Preenchidos com muita emoção e alegria, tenho certeza.
      Abraço carinhoso!

      Responder
  4. Vera Mesquita says

    7 de maio de 2019 at 14:13

    Ah… o tempo… Misterioso tempo que não volta mais… Quem me dera isso acontecesse… Nem que fosse por alguns momentos…
    Lindo texto, Renata!

    Responder
    • Renata Feldman says

      9 de maio de 2019 at 12:13

      Através das lembranças ele volta, Vera, acaba voltando um cadinho… De uma outra forma, eu sei, mas não deixa de tocar o coração.
      Muito obrigada, minha querida! Sempre me alegro de te ver por aqui.

      Responder

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