Estou lendo “Comer, Rezar, Amar”, da norte-americana Elizabeth Gilbert. O livro é uma delícia, e logo no começo traz uma parte emocionante: quando a autora (protagonista de sua própria história) resolve fazer um “abaixo-assinado” pra Deus, implorando que tudo ficasse bem em relação ao seu divórcio (o marido não queria assinar de jeito nenhum…).
E aí, arrumando umas gavetas, encontrei uma prece-poema que escrevi há quatro anos atrás. Independente do credo ou religião, acho que é sempre muito confortante conversar com Deus – seja qual for o seu Deus. Que bom que a gente pode contar com essa grande escuta principalmente quando a conversa gira em torno de temas tão universais e atemporais – como medo, tristeza, desalento, solidão.
Espero que você não precise. Mas como a vida não é perfeita, e às vezes dói muito, que pelo menos a gente não fique sem fala quando há muito a dizer. Taí o meu “Pai Nosso” singelamente reinventado, com todo o respeito.
“Pai Nosso que estais no céu”, olhai por mim. Cuida dos meus medos para que eles não se transformem em temores, abismos, terrores sem fim. Acende a sua luz, encontra o seu olhar protetor nos meus olhos cheios de dor. Clareia o escuro, faz-se ponte em meu caminho. Transforma o choro, a falta de compreensão em sinal de entendimento. Leva embora o que não é meu. Tira de mim o que eu não pedi pra viver. Toma conta de mim, seca essas lágrimas que embaçam os olhos, me envolve no seu manto de energia purificadora e divina. Faz do desencontro encontro. Do grito palavras de amor. “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Amém.
Camila says
Veio em boa hora… Beijos carinhosos, Camila
redatozim says
muito lindo o poema, Renata, muito lindo mesmo.
Ricardo Penzin says
Adorei a oração, vai me ajudar demais. Obrigado. Ricardo
André says
lindo demais!!
André says
meu anjo !!! Convivo com voce ha 18 anos e sempre te chamei assim : anjo. Sua generosidade, delicadeza, amor que tem pela vida e pela pessoas, incapaz de desejar mal a alguem, sensibilidade. Sua alma é pura. É doce. Sua ternura de mae é divina. Sua presença na minha vida uma bençao. E agora lendo essa oração maravilhosa nao me resta dúvidas: alguns anjos tocam arpa e outros escrevem poemas.
Renata Feldman says
Dé, e não é que depois de 18 anos você virou poeta também? Dizem que o amor contagia… Acredito nisso mais do que nunca. Lindas as suas palavras!…
Beijo
Renata Feldman says
Que bom, Ricardo! Fico feliz!…
Um abraço!
Renata Feldman says
Obrigada, redatozim!… O que seria da vida sem poesia, não é?
Abração!
Renata Feldman says
Que bom, Camilinha! Vai lendo daí que eu vou lendo daqui!… Mais um bom assunto pra gente trocar nos nossos deliciosos “cafés”!…
Beijos carinhosos
Ianne Roberta says
Encontrei seu blog por um acaso.. mas seria impossivel passar aqui e n elogiar a sua bela oração.. e tão apropriada pro momento no qual passo na minha vida atual. Por isso paramos pra pensar.. é as vezes concordamos com aquele velho ditado “Deus escreve certo por linhas tortas”, tais linhas q me trouxe até este blog. Um grande abraço de sua mais nova admiradora!
Renata Feldman says
Que bom, Ianne Roberta, seja bem-vinda!
Acredito muito na frase “nada é por acaso”…
Você tinha mesmo que passar por aqui, e fico feliz que a minha oração tenha te ajudado de alguma forma.
Felicidades para você!
Um grande abraço!
Ianne Roberta says
Obrigada pela recepção… e com ctz está ajudando de alguma forma. Agora estou lendo seus outros posts, q também são interessantissimos. Felicidades pra você também e um outro forte abraço!