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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Grades e estrelas

13 de novembro de 2014 por Renata Feldman
8 Comentários. Deixe o seu também.

Ouvir-Estrelas

Semana passada tive o prazer de participar de uma entrevista de estúdio no MGTV sobre “Pessimismo”.

Como os cinco minutos da programação não foram suficientes para esgotar o assunto, resolvi espichar por aqui um pouco dessa clássica história do copo “meio cheio meio vazio”, fonte de sabor ou dissabor na vida de muita gente.

Mais uma vez, a conversa é sobre esse seu olhar. Que diante dos fatos, tão universalmente fatos, enxerga possibilidade ou recusa, preenchimento ou vazio, sim ou não. “Diga o que pensas e te direi quem és”.

Quem é você diante do trabalho suado, do amor que anda em falta, do tempo fechado? (Em tempos de Cantareira não seria má ideia, abram as sombrinhas, até um  bom pessimista mudaria de posição.)

Quem é você diante das mudanças, dos tropeços, das andanças tantas vezes desencontradas? (Vitória ou derrota, onde é que você se segura?)

Pensamento faz nascer sentimento, simples assim. A cabeça pensa que vai dar errado, o coração sente tudo menos alegria. A cabeça pensa que aquele concurso não vai dar em nada, o coração desanima. A cabeça fica dura de tanto pensar no pior, o coração se sente  um tanto menor. Só.

Pessimismo é marca de nascença, revelam as últimas pesquisas sobre o assunto. Mas isso não é desculpa para você levar uma vida inteira em preto e branco (o que, para muitos atleticanos é sinal de raça, torcida, emoção, alegria. (…)  De novo o olhar, esse nosso olhar que muda tudo).

O pessimismo anda junto do stress e da ansiedade, valoriza o remoer das memórias negativas e faz sofrer um bocado. Nos otimistas o nível de cortisol (hormônio do stress) é mais estável, e eles comprovadamente vivem mais. O que não falta é esperança, bom humor , leveza. Andar na chuva como se fosse o sol que estivesse brilhando. Ou dançar na chuva, você escolhe, “I´m singing in the rain”.

O pessimista esmorece antes da hora, vive o negativo por antecipação, acaba sofrendo duas vezes quando a notícia realmente é ruim. O otimista concentra energia no melhor que há por vir, sofrendo apenas uma vez se tiver que sofrer. Se. Questão matemática.

E ainda tem a força da profecia autocumprida: o pessimista jura de pé junto que a festa vai ser horrível. Por mais que a música esteja ótima, a comida farta e gente bonita, ele não dá o braço a torcer e acaba encontrando um motivo para confirmar sua crença tão fortemente ancorada no negativo. A música estava boa mas a cerveja quente, mais que o suficiente para ir embora. E à francesa, diga-se de passagem.

Mas pior do que enxergar com pessimismo a política, a economia, a meteorologia e tantas ias – coisas que vem de fora – é enxergar com peso e escuridão a si mesmo. Tem gente que briga com o espelho, tranca a alma no sótão e não quer saber de fazer as pazes. Pobre auto-estima.

Linda a metáfora de Santo Agostinho capaz de resumir essa ópera: “Dois homens olham através das grades da prisão; um vê a lama, o outro as estrelas.”

E com um céu prateado, por vezes nublado, a vida nos convida a transformar, a labutar a partir dos olhos que só enxergam cinza. Assim é feito o convite, só nos resta aceitar.

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Arquivado em: Autoestima, Vida
Marcados com: ansiedade, pessimismo, stress

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Comments

  1. Aline Amaral says

    14 de novembro de 2014 at 09:33

    Belas e sábias palavras… como é incrível esse convite à transformação, e muitas vezes, tão difícil de ser aceito.
    Mas quando experimentamos “o outro lado” nos sentimos como a borboleta, que sai do casulo e passa a ver o mundo diferente… literalmente!
    Rê, coloca o vídeo da entrevista no FB, quero ver!
    Bjos!

    Responder
    • Renata Feldman says

      14 de novembro de 2014 at 15:03

      Borboletar é preciso, Aline. O vídeo já está no facebook e também aqui no site, no item Entrevistas – TV.
      Beijos carinhosos!

      Responder
  2. Dalmir Trotta says

    14 de novembro de 2014 at 09:34

    Esse seu olhar… Essas suas palavras… Esses posts que a cada dia me encantam mais! “Se” o tempo voltasse. Questão Matemática. Lógica? Que lógica ? Olhar pela janela do tempo ? Vamos viver o presente e agradecer o passado que nos ensinou que tudo vem para o nosso crescimento : Amizade, amor, carinho, respeito, família …
    Renata, sempre achei que os amigos são a nossa maior riqueza. A cada dia me enriqueço adquirindo novos amigos. Com certeza você faz parte dessa riqueza. Obrigado pela sua amizade.
    Dalmir Trotta

    Responder
    • Renata Feldman says

      14 de novembro de 2014 at 15:05

      Que olhar lindo esse seu que reconhece o valor de uma verdadeira amizade, Dalmir.
      Fico feliz de fazer parte, muito obrigada!

      Abração!

      Responder
  3. Solange Lemos says

    15 de novembro de 2014 at 18:12

    Rê, suas palavras me atraem ao positivismo. Te amo ” Você é um anjo enviado a nos encantar e nos dar força para prosseguirmos em nossas escolhas e responsabilidades por cada uma delas “. Beijos

    Responder
    • Renata Feldman says

      16 de novembro de 2014 at 16:44

      Eu é que sou encantada por esse seu olhar, Solange querida.
      Amo você também!

      Beijos carinhosos

      Responder
  4. Adriana says

    19 de novembro de 2014 at 20:48

    No olhar de quem vê o copo meio vazio, o tempo está sempre fechado. A cabeça briga com o coração e o faz ficar atordoado. A vida é preta e branca. O Galo faz o coração sofrer até o último minuto do jogo. Você sabe descrever com precisão o quanto o pessimista sofre por antecipação. Pode se passar 23 horas do dia em paz, mas se na 24ª aparecer uma pedrinha no caminho, é fácil voltar para trás e dar as costas para as estrelas. Aí aparece a Renata, como se fosse um anjo, o coração começa a falar, a esperança aparece. Só resta aceitar, olhar e enxergar o copo meio cheio.

    Responder
    • Renata Feldman says

      20 de novembro de 2014 at 11:09

      O coração precisa falar, Adriana.
      É aí que a esperança gosta de se aninhar, de se aconchegar.

      Abraço carinhoso!

      Responder

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