Estava indo dar aula ontem bem cedinho e, como de costume, ouvia a rádio Band News, que eu adoro.
Parada num sinal, me emocionei com o resgate do nono mineiro soterrado no Chile. Me emocionei com os aplausos, com os sessenta e nove dias debaixo da terra, com a alegria da família em rever um ente querido, vivo por um milagre.
Por um minuto eu também queria estar lá para aplaudir. Para ver a esperança transformada em vitória; para ver o escuro se transformar em luz; para ver a fé se transformar em coragem, e a coragem se transformar em força.
O sinal abriu e eu segui pensando nos outros tantos soterramentos sutis, simbólicos, que escurecem e aprisionam a vida, às vezes uma vida inteira: o CTI, a coma alcoólica, a agressão física, o abuso sexual, o abuso psíquico, o assédio moral. Sem falar nos outros tipos de escuridão, mais brandos mas nem por isso mais fáceis de se viver: um casamento ruim, um filho rompido com pai, traição, falta de dinheiro, separação.
A esperança é que a luz um dia se acenda, clara como uma cápsula salva-vidas, Fênix renascendo das próprias cinzas.
Carolina Lemos Cortez diz
Magnífico este texto! Como vc escreve bem!
Luciano_R_Gallo diz
Concordo plenamente com você Carolina…
Por falar em luz, considero seus textos e explicações bastante iluminados…
Todos podemos encontrar essa luz a que se refere, desde que tenhamos pessoas capazes de nos mostrá-la, como é o seu caso…
Assisti pela Internet o resgate do primeiro mineiro soterrado e foi realmente muito emocionante…
Ainda está me devendo um café…
Abraços Luciano.
Renata Feldman diz
Ah, Carol, você é super suspeita pra falar!…
Beijos carinhosos
Renata Feldman diz
Muito obrigada, Luciano!
Seu comentário é sem dúvida um estímulo para que eu continue “dando à luz” aqui no blog!…
Devo o café e não nego, mas é que estou bastante “apertada de costura” esses dias!
Abração!
PC diz
É a única coisa que nos move, Rê, a esperança.
Deu errado, tenta de novo.
E a esperança nos faz esquecer o pra trás.
E o bom: o sol sempre nasce amanhã!!!
Renata Feldman diz
Sem esse “combustível” não somos ninguém, PC!…