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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Diga a ela para ficar

4 de setembro de 2014 por Renata Feldman
21 Comentários. Deixe o seu também.

TEMPESTADE

Se o gênio da lâmpada aparecesse  na sua frente, o que você iria pedir? Três desejos, pense rápido, este pode ser seu dia de glória.

Um namorado? Um emprego novo? Uma viagem sem volta para a Toscana? Um carro, um barco à vela, um cargo de presidente? Um filho, um cachorro, um cartão premiado ?

E se você me disser: não, Renata, eu quero tão menos, tão pouco, tão abstrato. Quero um pouco de paz para dormir tranquilo; um tanto de amor para encher os olhos de estrelas. Quero regar meu coração de alegria, leveza, entusiasmo, harmonia, essas coisas simples e ao mesmo tempo tão preciosas.

Nobreza linda essa que envolve os sentimentos da gente. De uma boniteza só.

E aí alguém te lembra que gênios da lâmpada já não aparecem há muito tempo, a não ser nas histórias de Aladim. E que sejam os seus desejos simples ou grandiosos, há de se batalhar por eles. Deixar de sonhar nunca e – enquanto se sonha, labutar para ver a realização acontecer. Uma hora ela acontece, pode acreditar.

Vejo pessoas chorando de 50 em 50 minutos à minha frente. Mas também vejo pessoas sorrindo, que a duras penas (eu é que sei) transmutaram dor em felicidade, essa palavra tão difícil de definir e simples de sentir.  Sem lâmpada empoeirada ou ilusões rasas foram à luta, fizeram seu dever de casa, olharam para dentro sem medo do que iriam encontrar. E olha que viram de tudo um pouco – monstros, fantasmas, minhocas em cativeiro, abismos e despenhadeiros, traumas de infância, imensos vazios existenciais. Parece ficção científica mas é vida, simplesmente essa nossa vida, corajosos daqueles que olham pra dentro. Só assim a gente consegue esvaziar as gavetas entulhadas, lavar a alma e seguir em frente dando as mãos para a transformação que gentilmente nos convida a caminhar. Mais leves, mais plenos, mais inteiros e donos de si. Sim.

Paradoxalmente, as mesmas pessoas que vejo  sorrindo por terem finalmente aprendido a lidar com os seus conflitos, costumam ainda temer que a felicidade lhes escape, que amanhã bem cedo sejam surpreendidas por uma notícia ruim, um abalo sísmico qualquer. Parecem inverter o  ditado, acreditando que depois da bonança é que vem a tempestade.

Não, meu caro. Depois da bonança vem a confiança, a gratidão, a emoção de merecer cada gota de felicidade. Pode até ser que o tempo mude, não sei. A vida é feita de ciclos, não há garantia de tempo bom o tempo todo. Mas não é porque você conquistou um lugar ao sol que ele tem que ir embora, logo agora.

Quando a realização chegar, é hora de acolher com delicadeza cada um dos sentimentos nobres que o seu coração pediu lá em cima, apropriando-se com alegria de cada um deles. Sem medo de perder o que você custou a ganhar. Sem alimentar as minhocas que insistem em deslizar na sua cabeça, espaçosamente.

Quando a felicidade aconchegadamente se aninhar, diga a ela para ficar.

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Arquivado em: Vida
Marcados com: confiança, felicidade, gratidão, medo, realização, sonho

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Comments

  1. renata botkowski says

    4 de setembro de 2014 at 18:13

    amo este site ! cada dia algo mais sensível, tocante e verdadeiro.
    Parabens prima!

    Responder
    • Renata Feldman says

      4 de setembro de 2014 at 18:33

      Xará e prima querida,

      Fico feliz com o seu feedback e com a sua visita.
      Muito obrigada, volte sempre!

      Abraço carinhoso

      Responder
  2. Júnia Sábato Savino Filó says

    4 de setembro de 2014 at 22:28

    Quanta sensibilidade ! Adorei seu texto, Renata ! E que lindo saber que o papel do psicólogo é ajudar muitos seres a irem em busca dessa felicidade, sem precisar de lâmpada de Aladim. Às vezes, basta esfregar o coração e dar um mergulho de cabeça dentro de si mesmo.
    Parabéns !!! Posso recomendar seu blog para minha irmã e minha cunhada? Sei que elas gostarão muito. Bjão

    Responder
    • Renata Feldman says

      4 de setembro de 2014 at 22:46

      Júnia querida,

      Fico mesmo feliz em fazer parte desta busca, me realizo de maneira especial.
      “Esfregar o coração”, adorei.
      Diga à sua irmã e sua cunhada que estou esperando por elas.

      Muito obrigada pela visita, volte sempre!
      Abraço carinhoso.

      Responder
  3. Mely Lerman says

    5 de setembro de 2014 at 06:08

    Olha, Renata, o que eu ia pedir mesmo é dinheiro. Muito dinheiro. Dinheiro demais. Ah… paz no mundo também e teve ter alguma coisa mais. Ah! Quase esqueci – felicidade, é claro.

    Responder
    • Renata Feldman says

      5 de setembro de 2014 at 09:18

      Seu pedido é uma ordem, Mely. Se depender da minha torcida, você tá rindo à toa.
      Abração!

      Responder
  4. cecilia caram says

    5 de setembro de 2014 at 10:56

    Re,será que chega essa partilha com voce, num dia após meus 65 anos ?Fiz um balanço, e olhando pra tras, constato que muito vivi, e se tivesse que viver de novo, faria tudo igual.Que tive privilegios inacreditavelmente surpreendentes e originais.Mas olhando pra frente quero mais e mais ENTREGA sem a aflição de querer controlar o que não está a meu alcance e que não sofra por isso; que valorize o que já tenho ,e não aspire LONGE demais; e que ocorra um alinhamento entre o que tenho de talento e experiência junto ao que as oportunidades podem me oferecer ainda nessa faixa etária.Não estou pronta pra não trabalhar,mas também não quero ser psicóloga clínica.Sim, quero talvez trabalhar com algo que integre muito do que hoje me tornei.Junto a meu deslumbramento com a musica-comecei a cantar num coral que acompanha liras,lindas notas, magicos sons!
    E ainda, peço ao genio que acenda a UZ para meu filho se encontrar na profissao que escolheu, tendo chance de se inserir num mundo tão “revirado”…o que certamente vai diminuir muito de minha incveitável angustia …Beijos de carinho,Cil

    Responder
    • cecilia caram says

      5 de setembro de 2014 at 10:58

      corrija o portugues:LUZ;inevitavel angustia…

      Responder
    • Renata Feldman says

      5 de setembro de 2014 at 19:22

      Cil querida,

      Você faz aniversário e somos nós que ganhamos o presente.
      Seu comentário chega cheio de luz, música e notas de felicidade.
      A psicologia clínica perde, mas a vida ganha um outro tanto.
      Tentei falar com você no dia 3 mas não consegui, você estava “fora do ar”.
      Mesmo assim enviei as vibrações mais lindas, cheias de afeto e cor.

      Abraço carinhoso!

      Responder
  5. Paulinha says

    6 de setembro de 2014 at 15:26

    Ahhh Renata.. como vc transmite carinho com suas palavras.. sempre!! Saudades!! Beijos

    Responder
    • Renata Feldman says

      6 de setembro de 2014 at 18:21

      Paulinha querida,

      Que alegria te ver por aqui!…
      Saudade de você, espero que esteja tudo bem!…
      Abraço carinhoso!

      Responder
  6. Kênia Mara says

    15 de setembro de 2014 at 19:51

    Poxa Renata! Senti como se eu fosse uma das personagens descritas na história. É assim mesmo que sinto. Às vezes tenho medo do escuro voltar e tomar conta, do sol, do riso e da esperança não aparecerem mais. Tenho receio de que as minhocas procriem, invadam o espaço e embacem minha razão, não, a razão não; embacem meu coração, a luz, meu amor, minha fé…. Obrigada por me ajudar nessa caminhada, por me ajudar a levantar e deixar a luz brilhar, por sempre me lembrar que é possível.

    Parabéns por suas escritas! Suas palavras sempre tão doces, tão “levemente” profundas, tão reais. Com elas você acompanha carinhosamente centenas de pessoas, e leva a todos gotas (ou melhor, baldes) de esperança, carinho, amor, vida…

    Beijo grande!

    Responder
    • Renata Feldman says

      16 de setembro de 2014 at 09:48

      Muito obrigada, Kênia querida. E que a sua caminhada se faça mais bonita e cheia de luz a cada dia.

      Beijo no seu coração!

      Responder
  7. Adriana says

    15 de setembro de 2014 at 23:07

    Ah Renata, depois de hoje, mudei de ideia. Não quero sumir.
    Pediria ao gênio, meu mínimo (com muita leveza).
    Depois, pediria ajuda para tirar as pedras do meu coração e deixá-lo falar mais alto.
    E, como último pedido, gostaria que você estivesse ao meu lado para ver tudo isso.
    Muito obrigada por tudo que tem feito por mim.
    Precisava compartilhar com outras pessoas.
    Ainda tenho um longo caminho a percorrer, mas eu acho que chego lá.
    Porque tenho uma Psicóloga muito especial que escuta o meu coração e transmite paz e esperança, através das suas palavras ditas com tanta emoção.
    Acredito em você, Renata!
    Que você continue valorizando seu trabalho e acreditando nele.
    Eu lhe desejo tudo de bom! Um abraço, Adriana

    Responder
    • Renata Feldman says

      16 de setembro de 2014 at 09:50

      Ah, Adriana, um pedido mais lindo que o outro.
      Nesse seu “longo caminho a percorrer”, sigo com você,
      com a alegria de ver cada transformação acontecer a seu tempo.

      Um abraço carinhoso!

      Responder
  8. Vera Mesquita says

    22 de setembro de 2014 at 19:17

    Que lindo, Renata!… Sua sensibilidade toca fundo no meu coração… Minha esperança inventou de VIVER… Obrigada!

    Responder
    • Renata Feldman says

      22 de setembro de 2014 at 19:25

      Que invenção mais linda essa da sua esperança, Vera. Fico feliz, muito feliz por você.
      Abraço carinhoso!

      Responder
  9. Thais Monteiro says

    26 de setembro de 2014 at 12:02

    Delicia!!! Esperançoso!
    Realmente, a maioria das pessoas vive cercado desses sentimentos, inclusive eu mesmo chego a comentar, que quando está tudo bem demais, tudo perfeito, tudo lindo demais, é que vem coisa ruim por ai! Essa parte é minha agora, ”Depois da bonança vem a confiança, a gratidão, a emoção de merecer cada gota de felicidade ” , Amei!
    Beijos!

    Responder
    • Renata Feldman says

      26 de setembro de 2014 at 22:33

      Pode acreditar, Thais.
      A felicidade costuma nos escutar quando pedimos a ela para ficar.

      Beijos carinhosos!

      Responder
  10. Sergio Bahia says

    26 de maio de 2017 at 15:14

    Todo arrepiado aqui! Você é foda! 🙂

    Responder
    • Renata Feldman says

      26 de maio de 2017 at 17:34

      Sou apaixonada pelas palavras, Sergio. Sua emoção é minha também.
      Abração!

      Responder

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