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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Quando nos falta o chão

17 de agosto de 2014 por Renata Feldman
15 Comentários. Deixe o seu também.

pssaro chao

Já nos ensinaram tanto nessa vida – matemática, gramática, história, geografia.

Somos P.h.Ds em física, química, biologia. Especialistas em gente, máquina, política, poesia. E ainda assim não conseguimos entender, por mais que nos expliquem, por mais que esclareçam e ratifiquem, a razão que atravessa uma tragédia.

Cai o avião, caímos todos nós.

Abram a caixa preta, chamem a imprensa, o papa, Deus pelo amor de Deus.

Por quê? Por quê? Por quê?

Falha humana, falha técnica, tempestade, desvio de rota, rachada de vento.

Choro, luto, dor, lamento.

Pelos que se foram  no susto, no rompante de uma queda, no vazio doloroso de um dó sustenido.

Pelos que ficaram no abalo, no abismo, no limo, cratera aberta no coração rasgado de dor. Torpor.

Estado de choque, estado de sítio, condições anormais de temperatura e pressão. Máscaras de oxigênio, pelo amor de Deus.

Choramos pelos que se foram e por nós que permanecemos, sem entender ou dizer adeus, arremetidos que somos à nossa condição de finitude. A qualquer hora podemos ir, a qualquer hora podemos não estar mais aqui. A efemeridade  da vida é devastadora, daria uma aula inteira de filosofia sem data para acabar, me perdoe o paradoxo.

Já aprendemos tanto nessa vida. Tanta lógica, tantas fórmulas, tantos livros e diplomas.

Mas em matéria de tragédias ainda tomamos bomba. Passamos mal, deixamos as questões em branco, ficamos sem respostas diante de prova tão difícil.

Só mesmo um Professor, com sua grandeza e olhar de pai, eterno nas suas lições de amor, para nos levantar do chão.

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Arquivado em: Vida
Marcados com: avião, Deus, finitude, morte, tragédia

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Comments

  1. Selma Maria Ribeiro Araujo says

    18 de agosto de 2014 at 20:46

    Renata, parabéns pelo seu texto. É humano nāo sabermos conviver com tragédias, em certos casos, só Ele mesmo.

    Responder
    • Renata Feldman says

      18 de agosto de 2014 at 21:47

      É isto, Selma. Quando nos falta o chão, lançamos nosso olhar para o céu.
      Fiquei feliz com a sua visita, querida. Volte sempre!

      Responder
  2. Cidinha Ribeiro says

    25 de março de 2015 at 05:30

    Como eu gostaria de ser aprovada no entendimento das razões, Renata! Mas continuo repetindo a matéria, repetindo, procurando explicações que não existem, pelo menos para nossa tribo, tão humana e tão distante da Luz. Muito delicado seu texto! Bjs.

    Responder
    • Renata Feldman says

      25 de março de 2015 at 06:14

      Por outro lado, em matéria de coração, você é Ph.D.
      Beijos carinhosos, Cidinha!

      Responder
  3. Dalmir says

    25 de março de 2015 at 06:41

    Bom dia. Renata, só Deus para aliviar nossas dores. Não somos nada sem o amor do Mestre dos Mestres. Que o nosso Pai eterno continue nos abençoando e também aos familiares dos que se foram. Que a Paz do Senhor esteja presente em nossos corações. Beijos.

    Responder
    • Renata Feldman says

      25 de março de 2015 at 16:27

      Amém, Dalmir!
      Abraço carinhoso.

      Responder
  4. mara says

    25 de março de 2015 at 10:51

    Sim, por quê, meu Deus? só Ele saberá nos responder tamanha tragédias… e só Ele sabe a hora que cada filho seu irá ao seu encontro. Que Ele conforte todas às famílias.

    Responder
    • Renata Feldman says

      25 de março de 2015 at 16:28

      Ele coloca um tanto de luz nas nossas perguntas, Mara, e clareia a escuridão.

      Abraço, muito obrigada pela visita!

      Responder
  5. Wandalcy Lopes says

    25 de março de 2015 at 17:00

    Verdade Renata. Ha dois anos quase perdi meu filho em um acidente de moto. Nao vou falar de detalhes mas o chao me faltou quando cheguei na emergencia do Pronto Socorro, e diblando o Seguranca, consegui ver meu filho, deitado entre tantos cuja pressao era 7/4. Deus????? Por favor me ajude. Deus????? o que faco? E tendo minha precensa de mae ignorada e puxada quase a forca daquela sala pelo Seguranca, percebi que nao tinha chao, nao tinha lagrimas, nao tinha forcas mas me restou rezar e ainda assim agradecer a Deus por meu filho estar vivo e na Esperanca de Deus, hoje ele esta comigo. Obrigado Senhor!.

    Responder
    • Renata Feldman says

      20 de dezembro de 2016 at 13:26

      Wandalcy querida,

      Só hoje vi seu comentário, quase dois anos depois (não entendi o que “o blog me aprontou”, “viva a tecnologia”!) quase morri de emoção com o seu depoimento!…
      Se te faltou o chão (faltou a todos nós), veio o céu com a luz dos anjos e a força de Deus para transformar o susto em choro de alegria, emoção, renascimento!
      Fico emocionada junto de você.
      Abraço carinhoso, minha querida!

      Responder
  6. adriana botelho campos says

    16 de setembro de 2016 at 14:34

    Adoro suas postagens Renata

    Responder
    • Renata Feldman says

      18 de setembro de 2016 at 21:36

      Que bom, Adriana, fico feliz!
      Abraço carinhoso.

      Responder
  7. cecilia caram says

    1 de dezembro de 2016 at 07:32

    Re, de tragédia somos acometidos…de surpresas finitas também. Não seremos nunca PhDs. de luto. Seu texto nos une nessa reflexão. Obrigada sempre.
    Cecília madrinha

    Responder
    • Renata Feldman says

      20 de dezembro de 2016 at 13:12

      Madrinha querida,

      Você está certa: jamais seremos PhDs neste assunto. Não nos falta experiência e conhecimento, mas sobra dor quando a vida assim se vai, sem despedida ou aviso prévio.
      Eu que agradeço sempre sempre suas lindas contribuições por aqui.
      Beijo!

      Responder

Trackbacks

  1. Somos todos chapecoenses - Renata Feldman disse:
    29 de novembro de 2016 às 20:24

    […] Cai o avião, caímos todos nós.  Morre um sonho, uma conquista, um time. Morre um pouco de você, de mim, de uma multidão sem fim. […]

    Responder

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