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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Paradoxos

8 de janeiro de 2014 por Renata Feldman
3 Comentários. Deixe o seu também.


Recém Feliz Ano Novo. Novinho em folha, página em branco pronta para virar história. Cheirando à paz, realização, amor, alegria, esses desejos comuns, nossos velhos conhecidos, mas especialmente habilitados em alterar nossos batimentos cardíacos.
Faz uma semana que o mundo parou para encher de luz o seu 2014. Vide os fogos, beijos, abraços, pedidos, promessas, taças tinindo à meia-noite. Saúde.
Por um instante, como que por encanto, é como se o mundo realmente parasse. Altas, pausa, carta branca. (Lembra das brincadeiras de infância?) O calendário vira e estamos todos imunizados contra toda e qualquer coisa contrária a esta energia contagiante que move a gente. Vetada a tristeza, a reclamação, o queixume e azedume, essa dupla pra lá de imperfeita. Isola, bate na madeira, fé no coração e samba no pé. Doze uvas, doze pulinhos, capricha no arroz com lentilha. Alegria, entusiasmo, endorfina, o ano está só começando. Tim-tim.
Mas aí, num paradoxo imenso, desses que não estavam no script, algo vem rabiscar a beleza dessa página em branco.
Contrastante com o adjetivo que costuma acompanhar o Ano Novo, tristeza. Dor. Vazio. Luto.
Pra muita gente sumiu o sol, escureceu o céu, desmoronou o chão.
Em pleno começo de um Feliz Ano Novo, alguém querido morreu. O casamento acabou. A casa caiu. A relação ruiu.
Notícias ruins enchem a pauta dos jornais e esvaziam o peito outrora cheio de esperança.
Fora as grandes tragédias, os pequenos dramas: conversas atravessadas, discussões por bobagens, tons de voz alterados e foi-se embora aquele tanto de paz que te desejaram no dia 31.
Paradoxos de Ano Novo. Ou seriam da vida?
Vida que é feita de sol e chuva, nascer e morrer, amar e sofrer, apagar e acender.
Por mais paradoxal e doloroso que seja, deve haver algum sentido. Haja coração, eu sei. Haja entendimento, paciência, resignação, força para levantar do chão, se é que ainda resta chão.
Respira fundo, enxerga luz nas suas crenças, chora o choro que lava a alma, marca encontro com Deus, vive o luto porque é dele que vem a luta. Uma troca de vogal e tudo muda, mesmo que a duras penas.
Para você que começou 2014 faltando um pedaço, meu desejo sincero, esperançoso, de que não falte luz, amor, força, serenidade e sabedoria na sua travessia. Que você possa seguir em frente, apesar de.
Para você que virou a página como deveria ser, que a inspiração cresça e floresça, mesmo com todos os espinhos que possam surgir no caminho.
Desfrutar dos momentos felizes e aprender a conviver com os infelizes, é bem por aí.
Com todas as letras, vírgulas, interrogações e exclamações, é dentro da gente que se escreve um Ano Novo de verdade.

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Arquivado em: Vida
Marcados com: 2014, alegria, ano novo, luto

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Comments

  1. Rita de Cassia Ribeiro says

    9 de janeiro de 2014 at 07:40

    Bom dia, Renata!
    Qta verdade e propriedade nesse texto! Ontem postei um comentário sobre seu livro Amor em Pedaços, mas como penso q seu texto de hoje será (se não for, deveria!!) lido por muitos dos seus leitores, não só pela pertinência do título , mas pela maneira ímpar q vc tem em abordar as mais diversas questões da vida, “colei” abaixo o meu comentário para q, de alguma forma, possa incentivar seus leitores q ainda não leram seu livros, fazê-lo, de preferência, logo no comecinho de 2014 para q ele seja abraçado com amor e muita coragem, como vc tão lindamente propõe.
    Gde abarço,
    Rita de Cássia
    BH

    Querida Renata!
    Ainda não vi Frozen, mas pelo seu comentário é mais um daqueles filmes ditos infantis mas que, no fundo, são p todas as idades, se formos perspicazes o suficiente para interpretar metáforas, não é mesmo?
    Contudo, gostaria de comentar sobre seu livro Amor em Pedaços. Cada página nos leva a uma reflexão
    e/ou transformação. Pretendia escolher uma das crônicas ou um dos poemas como sendo o(a) favorito(a), aí pensei em Gdes Encontros ou História de Amor, mas lembrei-me de Paris, nos remetendo deliciosamente a artistas geniais…Talvez, Jardim Zen? Enfim, desisti, missão impossível… ! Esse livro, a partir de hoje, vai para minha mesinha de centro da sala para que as pessoas q por lá passarem tenham oportunidade de folheá-lo e enriquecer sua vida um pouco mais e, acima de tudo, torná-la mais leve!!
    Hoje começarei a ler Refúgios, ele já está na minha cabeceira me esperando…Bravo, querida Renata! Q Deus continue te iluminando e sempre te ajude a espalhar suas palavras pelo mundo afora!!!
    Com todo carinho,
    Rita de Cássia

    Responder
  2. Renata Feldman says

    9 de janeiro de 2014 at 10:21

    Muito obrigada, Rita! Suas palavras me fazem querer seguir sempre em frente!
    Abraço carinhoso!

    Responder
  3. Ivna says

    9 de janeiro de 2014 at 16:40

    Rê, que linda crônica…!!! Parabéns, pra variar né? 🙂 Beijos!!!

    Responder

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