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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Amor e Angústia

16 de setembro de 2023 por Renata Feldman
2 Comentários. Deixe o seu também.

E aí então você tira uns dias de férias, ladeada de amigos queridos. Muito especiais e queridos.

E se esses dias acontecem em Miami, em pleno mês de agosto, você logo pensa: sol, praia, coqueiros, calor, muito calor, compras, mais calor, areia branca, mar quentinho, revoada de gaivotas pra arrematar a beleza do lugar. Sonhou?

E aí surge um domingo no meio do caminho. E um convite despretensioso para você conhecer o Memorial do Holocausto. E de repente os seus olhos param.

No meio de um lago habitado de paz, uma mão quase alcança o céu. O antebraço carrega figuras humanas em profunda expressão de dor e desespero. Carrega também um número tatuado, marca inconfundível dos prisioneiros de Auschwitz.

Escultura do Amor e da Angústia, este é o nome do monumento de mais de 12 metros idealizado pelo arquiteto Kenneth Treister com a colaboração de um grupo de sobreviventes do terror. Logo na entrada, a célebre frase de Anne Frank nos amortece: “Apesar de tudo, eu ainda creio na bondade humana.”

Nos arredores, mais esculturas. De bronze. Tormenta. Reflexão. Lamento. Esculturas de crianças, velhos, homens, mulheres. Gente de carne e osso. Esculturas de dor, angústia, esperança, amor.

Não guardei o nome da senhorinha judia que gentilmente nos conduziu pelo Memorial, sem nada pedir ou cobrar. Mas vou guardar para sempre a ternura e emoção dos olhos dela ao nos receber naquela manhã de sol escaldante.

– Todo domingo eu venho até aqui com o meu marido e me ofereço para explicar um pouco do Memorial, buscando traduzir em palavras o que vocês estão vendo aqui; para que as pessoas não apenas circulem, e sim apreendam com profundidade a dimensão do que foi construído e vivido.

Minha mão toca a dela, gratidão pela disponibilidade e troca. Olho uma última vez para o grande braço de bronze estendido para o céu, clamando por socorro. Agradeço à Deus, e aos seus grandes braços acolhe-dores, pela capacidade maravilhosa que a vida tem de transformação.

Deixo o lago e vou em direção ao mar, amar essa Miami que num tocante instante de um domingo ficou ainda mais bonita.

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Arquivado em: Vida
Marcados com: emoção, férias, Memorial do Holocausto, Miami

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Comments

  1. Clara Feldman says

    17 de setembro de 2023 at 20:26

    Oi, filha, mais um texto lindo seu. Acompanhado de uma foto que emociona na tela, imagino ao vivo. Adorei o seu “acolhe-dores”. Beijo, parabéns. Amor.

    Responder
    • Renata Feldman says

      17 de setembro de 2023 at 20:39

      Ah, mãe. Você tinha que ver!… Não sei se consegui traduzir minha emoção. Lindo de viver.
      Tão bom ter você abençoando a minha escrita, a minha vida!… ❤️

      Responder

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