• Início
  • Apresentação
  • Clínica
  • Livros
  • Palestras
  • Entrevistas
    • TV
    • JORNAL
    • RÁDIO
    • REVISTA
  • Pesquisas
  • Artigos
  • Contato

Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

  • Amor
  • Família
  • Autoestima
  • Trabalho
  • Vida
  • Homens
  • Mulheres
  • Mães
  • Filhos

Banalizanão

17 de julho de 2022 por Renata Feldman
2 Comentários. Deixe o seu também.

Não, você não leu errado. Nem eu cometi alguma falha de digitação por aqui. A troca da cedilha por n traz de imediato um apelo, um “acorda”, uma recusa à banalização que tenho visto acontecer de tantas maneiras por essa vida afora.

Coisas preciosas têm entrado no rol da banalização: amor, sexo, morte, a própria vida. E como parte da vida os problemas, as relações, as escolhas, o cuidado, (a falta de cuidado), a comunicação.

Vai-se vivendo no automático muitas vezes. E de forma narcísica também: eu, eu, eu. Vai-se perdendo de vista a dimensão de alteridade que nos cerca, a noção de empatia que nos habita – ou pelo menos deveria nos habitar.

O eu é precioso, de uma importância singular. (Mas não é só, está longe de ser uma ilha. Vira e mexe esbarra na singularidade do outro, tire o t e vira ouro. Valioso também.)

Escuto casais banalizando a própria história; se perdendo num bom dia (péssimo dia), se desgastando em discussões vazias; cotidianamente se desencontrando, se machucando, silenciosamente se desamando.

Escuto pais sem saber o que fazer com os seus filhos, numa total quebra de hirerarquia. Os pequenos gritam, batem, xingam. Imploram por socorro, clamam por limites.

O sexo acontece e desacontece, muito prazer. E viva a indústria farmacêutica que inventou a pílula do dia seguinte.

Crianças rebolam ao som de funk para papai e a mamãe filmar. A erotização precoce é viralizada e aplaudida nas redes sociais.

Alguém morre, no velório choram sua partida. Lá fora um pouco de ar e muito barulho, conversa jogada fora, quem sabe até uma piada para descontrair.

Fora as questões mais delicadas e imensas, as pequenas ocorrências do dia-a-dia: banalização do respeito no trânsito, falta de educação do vizinho, falta de retorno no WhatsApp. Até cartas de amor – tão raras nos dias de hoje – quem diria, têm ficado sem resposta. Como se não existisse relação de causa e efeito. Como se não existisse relação.

“Paciência”, é o que nos pede Lenine no título de uma de suas canções que traz como refrão: “A vida é tão rara”.

Pois que ela seja, Lenine. Que continue sendo, preciosa e rara. A despeito de tanto banalização que ando vendo e ouvindo por aí.

Compartilhe no Facebook! Compartilhe no Twitter!

Relacionados

Toque de acolher. “Óio o mundo” Encontro 5 Anos

Arquivado em: Vida
Marcados com: alteridade, banalização, empatia, relação

Seu comentário é muito bem-vindo Cancelar resposta

* Campos obrigatórios. Seu endereço de e-mail não será publicado.

Comments

  1. Cidinha Ribeiro says

    14 de agosto de 2022 at 04:45

    Quanta verdade, Renata! Reflexão profunda, sábia e oportuna.

    Precisamos parar de vez em quando para pensar na vida. Se não quisermos

    ser máquinas no tempo.

    Obrigada, querida.

    Responder
    • Renata Feldman says

      16 de agosto de 2022 at 11:28

      A vida merece que pensemos nela, Cidinha. Deus nos livre de virarmos máquinas, nossa humanidade não suportaria.
      Beijo, querida, obrigada pela visita!

      Responder

Convite

Faça deste blog um espaço seu. Para rir, chorar, pensar, interagir. Seus comentários são muito bem-vindos. Obrigada pela visita e volte sempre!

Post para você

Deixe aqui o seu e-mail e receba os posts do blog diretamente na sua caixa postal.

Veja sua caixa de entrada ou pasta de spam para confirmar sua assinatura.

Busca

Direito autoral

Os textos deste blog são de autoria de Renata Feldman. Caso queira reproduzi-los, gentileza indicar o crédito (Lei Federal nº 9610, de 19/02/98)

Arquivo do blog

Posts favoritos

História de amor

Eles se gostaram, se enamoraram, se casaram. Combinaram de jamais perder o encanto, jamais desafinar o canto, jamais se perderem de vista. Criaram um ritual de comemorar o aniversário de [Ler mais …]

Angústia

Bolo no estômago, dor no peito, noites em claro. Quem nunca teve angústia que respire aliviado. Quando ela vem, não avisa nem pede licença. Arromba a porta da alma, paralisa os [Ler mais …]

Mergulho

A resposta pra tudo? Amar. Do jeito que se aprendeu a rimar até mesmo o que não tem rima. Sina, sino, sinto em mim a força e a brandura que [Ler mais …]

Presente

Não, você não está sozinho. Não é o único a colecionar traumas de infância, espinhas de adolescente, medos de gente grande. Se olhar pra trás vai enxergar um tanto de [Ler mais …]

Encontro marcado

Tomou um banho de horas. Shampoo, condicionador, esfoliante, óleo de maracujá para acalmar o mundo que costuma carregar nas costas. Pintou as unhas, passou perfume, hidratou as rugas, passou a [Ler mais …]

Rotina de trabalho

Trabalho no oitavo andar com vista pro mar. Entre uma pausa e outra, café com biscoito, descanso os olhos sobre o verde-azul infinito que decora o fundo de tela do [Ler mais …]

Falta

A história você já conhece: a gente nasce, cresce, envelhece e morre um dia. (Não necessariamente nesta ordem.) Mas o tal do morrer assusta, por mais “natural” que seja. É [Ler mais …]

© 2014 · Renata Feldman. Todos os direitos reservados. Design by Roberto Lopes.