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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Breve prosa sobre o tempo

4 de outubro de 2020 por Renata Feldman
14 Comentários. Deixe o seu também.

Uma pessoa muito querida, leitora religiosa aqui do blog, esboçou o seguinte comentário: “Renatinha, já faz tempo que você não posta… Pulou o mês de setembro.” (…)

Pulei. Puladinho. “Pulando feito pipoca”, é assim que costumo dizer quando o tempo parece estourar, escorrer, correr de mim, não me esperar.

Logo setembro. Mês das flores, de tantos aniversários importantes, dos meus ipês amarelos (meus e de Rubem Alves), da primavera que vem de longe, dando o ar da graça. Bem-vinda, prima.

Lá foi ele, lá vai ele, nosso bom e velho conhecido tempo. Lembro como se fosse ontem, eu conversando com a minha médica, me sentindo a rainha da fertilidade:

– Dra. Diana, já quero ter o segundo filho. Estou decidida. E se a gravidez vier loguinho, como foi com a do Léo, vai nascer em setembro, num sábado de primavera, signo de virgem…

Simples assim. Só que não. O tempo passou por mim, serelepe, nem deu bola. O segundo filho não veio “loguinho”, já contei num outro post. Mas veio um ano e meio depois (uma menina!), valeu a pena esperar. E agora é ela quem pula da cama (não tão simples assim…) junto com o beijo da mãe, melhor despertador não há.

O tempo acorda cedo lá em casa, e confesso que não é nada fácil tirar uma adolescente da cama. Outro dia o café da manhã foi beeem monossilábico. Eu tentava desenvolver uma conversa, fui perguntando algumas coisas triviais, e ela – com aquele humor clássico de quem efetivamente ainda não acordou me fixou nos olhos e disse:

– Mãe, nessa hora da madrugada eu não dou conta de conversar.

E eu, dando de desentendida, pra ver aonde aquela conversa ia dar:

– Uai. Por quê, filha?

– Porque a minha alma ainda não voltou pro corpo.

– E onde é que a sua alma está, posso saber?

– Na minha cama.

E assim vamos vivendo o tempo. Dormindo, acordando, pulando feito pipoca, fazendo planos, fazendo Deus rir, sonhando. E aí 2020 nos pega com uma quarentena estendida, sacudida, serena ou doída, dependendo do ponto de vista (e do coração). Lá vem o tempo (ou uma força maior) dizendo que nem tudo está no seu controle.

Então já é outubro, quase Feliz Ano Novo, como o danado voa. O que você tem feito? O que deixou de fazer? Que horas são aí no seu relógio? E no pulso, qual a batida do seu coração? Como anda a sua relação com o tempo? Tudo em paz ou nada que uma D.R. não resolva?

Na dúvida, chama o Pato Fu e canta: “Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei pra você correr macio.”

Cantemos, pois.

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Arquivado em: Trabalho, Vida
Marcados com: quarentena, realização, tempo

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Comments

  1. Cristina says

    4 de outubro de 2020 at 16:40

    Renatinha,

    Que bom ter novo post seu, precioso e lindo de viver!
    Quanta afinidade tenho com sua filhinha Bebella! Ela é demais!

    Beijos.

    Responder
    • Renata Feldman says

      12 de outubro de 2020 at 19:40

      Ahh, “pessoa muito querida”!… Muito obrigada pelo incentivo, preciosidade é ter você me lendo com tanto carinho!…
      Afinidade de alma, você e Bebella, só pode ser!
      Abraço carinhoso, querida!
      Boa noite, bons sonhos!… E sem hora para acordar, de preferência!…

      Responder
  2. Clara Feldman says

    4 de outubro de 2020 at 16:49

    Eita! Lá vem a menina outra vez. A minha menina. A menina que escreve como ninguém. Quando a gente pensa que ela quietou com as palavras, que nada! É só alguém dar uma cutucada, e a inspiração volta, as palavras jorram. Essas últimas, então, nem se fala. Tem assunto mais nobre que o tempo?!? E como se não bastasse, vem junto o diálogo com a Bella…Deus me acuda, a menina ainda nem fez 13 (faltam exatos 27 dias). Vovó aqui se desmancha de alegria, de orgulho das duas. Alguém duvida que veio escritora, igualzinha à mãe???

    Responder
    • Renata Feldman says

      12 de outubro de 2020 at 20:39

      Cada “cutucada” uma alegria! Como faz bem dedilhar, deixar as palavras jorrarem feito cachoeira!…
      Ah, e o tempo, mãe? Como que faz pra congelar ele um cadinho?

      Beijo das suas meninas.

      Responder
  3. Maíra says

    13 de outubro de 2020 at 07:44

    Adorei o diálogo matinal cm a Bella!❤️

    Responder
    • Renata Feldman says

      14 de outubro de 2020 at 20:17

      Eu tinha mesmo que registrar, não tinha?

      Responder
  4. Silvia Regina Angerami says

    13 de outubro de 2020 at 09:34

    ah que delícia descobrir o seu blog, Renata!!! Nossa, eu lembro como é difícil esse diálogo matutino com os adolescentes. Houve um tempo em que eu levava meu filho e um amigo para o colégio e eles entravam e saiam do carro sem dizer uma palavra. rsrsrs

    Responder
    • Renata Feldman says

      14 de outubro de 2020 at 20:20

      Que alegria que você descobriu, Silvia! Fico muito feliz, seja bem-vinda!
      Aceita um cafezinho com pão de queijo? Bem mineiro, uai!..
      Rs, “diálogo matutino”? Já imagino um baita de um monólogo!…
      Que bom saber que estamos no mesmo barco!

      Beijo e obrigada pela visita!

      Responder
      • Silvia says

        14 de outubro de 2020 at 20:26

        Ah que delícia esse cafezinho com pão de queijo !! Obrigada pela hospitalidade! Verdade… tá mais pra monólogo! Rsrsrs

        Responder
  5. Cesar VIEIRA says

    1 de dezembro de 2020 at 18:17

    Muito obrigado por esta prosa que apreciei muito, querida Renata.
    Cordialmente, Cesar Vieira

    Responder
    • Renata Feldman says

      9 de dezembro de 2020 at 16:08

      Ei, Cesar, quanto TEMPO! Espero que esteja tudo bem com você.
      Obrigada pelo carinho.

      Responder
  6. Cesar VIEIRA says

    1 de dezembro de 2020 at 18:18

    Muito obrigado, querida Renata.

    Responder
    • Renata Feldman says

      9 de dezembro de 2020 at 16:17

      Eu que agradeço, sempre!

      Responder
  7. Cesar VIEIRA says

    10 de dezembro de 2020 at 07:38

    Seja muito bem vinda outra vez, querida Renata!

    Responder

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