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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Com toda a certeza

5 de fevereiro de 2020 por Renata Feldman
10 Comentários. Deixe o seu também.

Carregamos algumas certezas pela vida afora. E algumas incertezas também.

Sabemos o caminho de casa, que dia é hoje, qual o nosso tipo sanguíneo. Fazemos contas, planejamos viagens, consultamos a meteorologia, marcamos médico, preparamos o jantar.

E dá-lhe planos, rotina, agenda, mochila, terno, gravata, pés descalços, pausas sagradas para oxigenar o batente. A trivialidade da vida nos convida a atentar para os ponteiros do relógio, fazer a lista do sacolão, organizar  gavetas, responder a mil demandas,  colocar gasolina antes que a luz do painel acenda. Antes que a gente pare numa esquina qualquer.

Misturamos nossas certezas com infindáveis mecanismos de controle e defesa. Tudo matematicamente pensado, tecnologicamente testado, tudo na sua ordem e lugar. (Será?)

Brincamos de Deus quando avisamos que o dilúvio será às 16h de uma sexta-feira e praticamente decretamos feriado nacional. Aí a chuva vem e nos pega de surpresa – de com força e com susto – na terça.

Acreditamos que aquela relação será para sempre, mas o “para sempre” muitas vezes fura com a gente.

A vida vem em ciclos, um se fecha para outro abrir. Certamente vamos crescer, com toda a certeza vamos morrer um dia. (O esperado é que seja depois dos 90, de preferência com saúde e missão cumprida, morrer dormindo e feliz feito passarinho, conforme já combinei com Deus.) Antes disso, vamos vivendo. Amando, de preferência, com toda a verdade que habita o coração da gente – certeza maior não há.

Temos pela frente o previsível, o planejado, o combinado, esperado, rotineiramente determinado. Câmbio, positivo operante. E nesta confortável lista do que temos pela frente, buscamos nos distrair da nossa única grande certeza:  a de que esse coração ritmado e certeiro, guardião de muita gente e história pra contar, um dia irremediavelmente irá parar de bater. Não sabemos quando, nem onde, nem como. Que saibamos amar, então. Porque é isso que a gente deixa e leva com a gente.

P.S: E por falar em certeza, eu tinha uma comigo: a de que começaria o ano escrevendo mais vezes para você. Pra mim. E se escrevo com o coração, acho que de alguma forma ele parou de bater. (…) Silenciou por dias, muito mais que o programado, quem sabe por solidariedade a uma pessoa querida cujo coração parou de vez. (Quanta dor, meu Deus.) E aqui estou eu de volta, com as palavras batucando no peito, quase a explodir, certa de que é preciso continuar. É o que a vida nos convoca  a fazer, não é o que vivo dizendo por aqui?

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Arquivado em: Amor, Vida
Marcados com: luto, morte, perda

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Comments

  1. Cesar Vieira says

    6 de fevereiro de 2020 at 08:18

    Obrigado e parabéns por mais este post, querida Renata👏👏👏

    Responder
    • Renata Feldman says

      6 de fevereiro de 2020 at 11:55

      Eu que agradeço sua presença constante por aqui, Cesar!

      Responder
  2. Carlos Zech Coelho says

    6 de fevereiro de 2020 at 11:28

    Cara Renata , esse seu post nos traz para a realidade; mesmo um ser iluminado como você, uma verdadeira “encantadora de mentes” , tem seus momentos de reflexão, sofre pela partida de uma pessoa querida, também tem seus dias nublados, apesar de ser Sol para tantos… muito obrigado!

    Responder
    • Renata Feldman says

      6 de fevereiro de 2020 at 11:58

      Que lindeza isso, Carlos. Um poema seu comentário, acabei de ganhar um presente. E que bom a gente saber – e lembrar – que é humano, de carne e osso, com um coração batendo no meio do peito. Sofrer, meu caro, é inerente à nossa existência. Escrever me ajuda – e muito – a seguir em frente.
      Abração, e muito obrigada!

      Responder
  3. Maria José says

    6 de fevereiro de 2020 at 22:28

    Confiando que o seu compromisso com a alegria de viver, do qual sou testemunha há tempos, vai acalmar em breve esse coração tão generoso e sensível, querida menina!

    Responder
    • Renata Feldman says

      7 de fevereiro de 2020 at 20:18

      Testemunha e “culpada”, minha querida Maria José! Dessas culpas boas de carregar, “acuso” você de grande parte dessa minha alegria. Ah, “acuso” e agradeço muito, sempre!…

      Beijo nesse seu coração que me guarda tão bem, há tanto tempo.

      Responder
  4. Maria José says

    2 de novembro de 2021 at 10:23

    Tem razão, de novo, querida Renata!
    O coração , às vezes, ainda que não pare de bater , fica no modo ” suspenso” . Suspenso para sentir a dor devagar, em silêncio, para colocar as coisas em ordem sem mais contar com quem se foi, para tentar entender, até sentir que, se foi amado, nunca sairá de nós e o carregaremos conosco para onde formos. Aí, o coração bate de novo. De saudade, que seja, mas bate.

    Responder
    • Renata Feldman says

      2 de novembro de 2021 at 10:38

      Batucada especial essa, Maria José querida: quando o coração passa a carregar, pra cima e pra baixo, gente amada que se foi, na verdade sem jamais ter ido. ❤️

      Responder
  5. Sheila Pereira says

    2 de novembro de 2021 at 10:27

    Incrível, mas quando me vejo em um caos, suas palavras me puxam para o alívio!
    Encantada com seu post, como sempre.
    Gratidão, minha querida Renata!

    Responder
    • Renata Feldman says

      2 de novembro de 2021 at 10:42

      Palavras têm o poder de abraçar, Sheila querida. Que o caos se desmanche em lugar calmo, sereno e seguro.
      Abraço apertado.

      Responder

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