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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Mãe não tem nome

2 de dezembro de 2018 por Renata Feldman
6 Comentários. Deixe o seu também.

Mãe. Apenas 3 letrinhas e um chamamento universal que dispensa maiores explicações. Uma das primeiras palavras que a gente aprende a falar e continua falando a vida toda, mesmo quando essa entidade de amor já não está mais aqui, mas acolá, nos iluminando como as estrelas bem sabem fazer. (Fazer o quê, se elas têm mesmo que ir embora?… Chorar, sentir, amar.  Apesar dos nossos apelos, tão bem representados por Drummond em seu poema “Para sempre”, elas se vão um dia. E ainda assim, enchemos os olhos para falar delas – mãe, mãezinha, mamãe, onde estás que não respondes?…) Mãe é referência de vida pra vida toda, amor que corre nas veias e desagua em memórias as mais profundas e significativas. (Freud que o diga.)

O texto parece propaganda de Dia das Mães, em pleno dezembro, mas não é. Difícil falar de mãe sem tocar na emoção que o tema carrega. Acabei me distraindo um pouco no teor dessa emoção, mas o que me traz aqui hoje é uma questão prática, cotidiana, não menos tocante e reflexiva.

Tenho visto e ouvido alguns filhos – especialmente filhas – no calor da sua pré-adolescência e adolescência propriamente dita, às voltas com seus hormônios, espinhas e indagações –   chamando a mãe não por mãe, mas pelo nome como elas são chamadas pelos  amigos mais próximos, pelos colegas de serviço, pelo gerente do banco – Tatiana, Rafaela, Cláudia, Eduarda, Maria, enfim, qualquer que seja  o nome gravado no seu RG.

– “Tatiana, vamos embora?”

– “Que saco, Rafaela!”

– ” Cláudia, você ainda não entendeu?”

Muitas vezes, ao nome de batismo é seguido um tom de ironia, impaciência, irritação. Ao contrário do sonoro e respeitoso mãe, o que se escuta é uma quebra de hierarquia, inversão de papéis, estranha tentativa de falar de igual para igual com quem jamais se faz igual. Não. Não cabe um nome comum nessas três letras que traduzem um alfabeto inteiro.

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Arquivado em: Mães
Marcados com: adolescência, hierarquia, mãe e filhos

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Comments

  1. Selma Araujo says

    2 de dezembro de 2018 at 22:31

    Renata, às vezes, eu ouço um Dona Selma , mas sempre recheado de muito carinho. Dos netos tenho ouvido sempre um vovó Selminha , delicado e doce. Não me importo.

    Responder
    • Renata Feldman says

      3 de dezembro de 2018 at 16:06

      Eu também não me importaria no seu lugar, “Dona Selma”!… Nesse contexto de delicadeza e carinho, tá valendo. Super valendo. O problema é quando o nome próprio vem acompanhado de uma rispidez que não cabe numa relação tão especial e única como a de mãe e filho(a).
      No seu caso, tá tudo certo. Esse “Dona Selma” também soa como música para os ouvidos, né?
      Abraço carinhoso!

      Responder
  2. Cesar Vieira says

    3 de dezembro de 2018 at 06:35

    Muito oportuno este post sobre o tratamento informal das mães de hoje, querida Renata!

    Responder
    • Renata Feldman says

      3 de dezembro de 2018 at 16:09

      Pois é, Cesar. Acho importante pensarmos sobre essa informalidade, numa relação que é permeada de singularidade, afeto, carinho, aconchego, proteção e hierarquia também. Os filhos não podem se esquecer desse pequeno e precioso detalhe – as mães também não…

      Responder
  3. Cecilia Ramirez says

    3 de dezembro de 2018 at 14:05

    Saudade enorme da minha MÃE 💗

    Responder
    • Renata Feldman says

      3 de dezembro de 2018 at 16:12

      Nem imagino o tamanho dessa sua saudade, Cecilia querida. Ao amor maior do mundo se mistura a dor maior do mundo, não consigo nem nomear.
      O alento é saber que ela continua viva em você.
      Abraço apertado!

      Responder

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