• Início
  • Apresentação
  • Clínica
  • Livros
  • Palestras
  • Entrevistas
    • TV
    • JORNAL
    • RÁDIO
    • REVISTA
  • Pesquisas
  • Artigos
  • Contato

Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

  • Amor
  • Família
  • Autoestima
  • Trabalho
  • Vida
  • Homens
  • Mulheres
  • Mães
  • Filhos

Vácuo

3 de dezembro de 2017 por Renata Feldman
8 Comentários. Deixe o seu também.

Em tempos de crush, Happen, Tinder, encontros virtuais e relações cada vez mais efêmeras, busca é substantivo concreto. Concretamente se quer amar, independente dos avanços tecnológicos, da escassez de vínculo ou das decepções vividas. Concretamente se quer encontrar alguém para dividir o tempo, a garrafa de vinho, o roteiro de viagem, a sessão de cinema, quem sabe os planos e também os sonhos. Quem encontra, tintim: da novidade se passa à rotina (e essa rotina ganha um encanto diferente), da rotina à labuta da relação e, se tudo der certo, do namoro ao altar, a partir de onde outros substantivos serão oficial e concretamente divididos: alegria, tristeza, saúde, doença, entre outros tantos antagonismos mais. (Faz parte.)

Quem ainda não encontrou, bota fé e vai. Apesar de todos os tropeços, percalços e desilusões, a busca continua para quem acredita que amar é possível, verbo transitivo direto, um dia de cada vez.

Nessa busca, as mulheres parecem saber bem o que querem. Trocaram o sapatinho de cristal pelos pés no chão, a torre pelas ruas,  o “felizes para sempre” pelo “que seja infinito enquanto dure”. “Descinderelizaram”, acordaram, trocaram os contos de fadas por outras histórias. Querem amar, apenas. (E isso não é pouco.)

Os homens, apesar dos rótulos que costumam carregar, também querem conjugar o verbo transitivo na primeira pessoa, compartilhando seu mundo, seu tempo, seu amor e sua presença na vida de outro alguém. Simples assim.

Mas por que o simples fica às vezes tão complicado? Por que tanto desencontro, tanta expectativa quebrada, tanto desaponto no meio do caminho?

Tenho visto relações sendo deixadas no vácuo, especialmente pelo gênero masculino. Até ontem tudo era lindo, maravilhoso, quase perfeito. No dia seguinte, cadê? Sem nenhuma explicação, o moço que você descobriu no Tinder e te levou para jantar por duas semanas seguidas, fazendo juras e declarações de amor, some do mapa. Nem um telefonema, nem um zap, nem um tchau pra fechar a história. Até ontem o namoro ia bem, obrigado: almoços de domingo, as duas famílias apresentadas, muita cumplicidade e envolvimento, uma viagem dos sonhos: foi só o avião pousar que a relação acabou, a moça está até hoje sem entender.

No Programa “Papo de Segunda”, da GNT, alguém mandou por e-mail a pergunta: “Por que os homens têm tanta dificuldade de pôr fim a uma relação? Ao invés de sinceridade, optam pelo esfriamento, vão se distanciando, às vezes somem de vez. Vácuo, com todo o impacto que esse vazio deixa. Leo Jaime, um dos apresentadores do programa e também autor do livro “Cabeça de homem – um manual de fábrica para entender o que se passa”, respondeu que, para um homem, é muito ruim magoar uma mulher. Por isso é que ele acaba meio que se escondendo, desaparecendo, sem ir direto ao ponto. O que eles não sabem (será que não sabem?) é que, dessa maneira, acabam magoando muito mais.

Amar é verbo transitivo direto, lembra? Tudo bem que não caiba mais amor, acontece. (E onde se lê amor leia-se também paixão, sintonia, atração, compromisso, desejo, ligação.) Mas que possa caber um “obrigado”, “estou confuso”, “não estou pronto”, “cuide-se bem”, “um dia talvez a gente se esbarre de novo”. Amorosamente assim.

Compartilhe no Facebook! Compartilhe no Twitter!

Relacionados

Cura de quê?! Receita do Amor em Pedaços Default ThumbnailPausa sagrada Desconectados

Arquivado em: Amor, Homens, Mulheres
Marcados com: busca amorosa, desencontro, relações efêmeras

Seu comentário é muito bem-vindo Cancelar resposta

* Campos obrigatórios. Seu endereço de e-mail não será publicado.

Comments

  1. Cesar Vieira says

    4 de dezembro de 2017 at 06:31

    Obrigado e parabéns, prezada Renata, por mais este valioso texto!

    Responder
    • Renata Feldman says

      4 de dezembro de 2017 at 07:55

      Eu que agradeço, Cesar!
      Abraço carinhoso!

      Responder
  2. Márcia says

    4 de dezembro de 2017 at 10:06

    Ahhhhhhhhhhhhhhhhh o AMOR !!!

    Responder
    • Renata Feldman says

      4 de dezembro de 2017 at 16:55

      Ahhhhhhh, Márcia! Essa palavrinha tão pequena e tão grande ao mesmo tempo dá pano pra manga!…

      Beijo, querida!

      Responder
  3. Vera Mesquita says

    4 de dezembro de 2017 at 12:39

    Nossa, Renata! Dessa vez você brilhou na defesa das mulheres! E como estávamos precisando dessa defesa, dessa proteção!
    Muito obrigada!
    Parabéns!
    Beijo!

    Responder
    • Renata Feldman says

      4 de dezembro de 2017 at 17:05

      Vera querida, confesso que não escrevi com essa intenção, mas se você se sentiu acolhida de alguma forma, fico feliz.
      Homens e mulheres são muito diferentes, e têm se desencontrado muito nas suas buscas. Não julgo nem um lado nem outro, mas tenho percebido um grande vácuo entre os dois.
      Poderia ser bem mais simples, não é? Mas nem sempre o que a gente tem é o que a gente gostaria de viver… C´est la vie!…
      Beijo, minha querida!

      Responder
  4. Angélica Oliveira says

    6 de dezembro de 2017 at 17:50

    Muito bom e verdadeiro!

    Responder
    • Renata Feldman says

      6 de dezembro de 2017 at 22:11

      Obrigada, Angélica! Seja bem-vinda e volte sempre!

      Responder

Convite

Faça deste blog um espaço seu. Para rir, chorar, pensar, interagir. Seus comentários são muito bem-vindos. Obrigada pela visita e volte sempre!

Post para você

Deixe aqui o seu e-mail e receba os posts do blog diretamente na sua caixa postal.

Veja sua caixa de entrada ou pasta de spam para confirmar sua assinatura.

Busca

Direito autoral

Os textos deste blog são de autoria de Renata Feldman. Caso queira reproduzi-los, gentileza indicar o crédito (Lei Federal nº 9610, de 19/02/98)

Arquivo do blog

Posts favoritos

História de amor

Eles se gostaram, se enamoraram, se casaram. Combinaram de jamais perder o encanto, jamais desafinar o canto, jamais se perderem de vista. Criaram um ritual de comemorar o aniversário de [Ler mais …]

Angústia

Bolo no estômago, dor no peito, noites em claro. Quem nunca teve angústia que respire aliviado. Quando ela vem, não avisa nem pede licença. Arromba a porta da alma, paralisa os [Ler mais …]

Mergulho

A resposta pra tudo? Amar. Do jeito que se aprendeu a rimar até mesmo o que não tem rima. Sina, sino, sinto em mim a força e a brandura que [Ler mais …]

Presente

Não, você não está sozinho. Não é o único a colecionar traumas de infância, espinhas de adolescente, medos de gente grande. Se olhar pra trás vai enxergar um tanto de [Ler mais …]

Encontro marcado

Tomou um banho de horas. Shampoo, condicionador, esfoliante, óleo de maracujá para acalmar o mundo que costuma carregar nas costas. Pintou as unhas, passou perfume, hidratou as rugas, passou a [Ler mais …]

Rotina de trabalho

Trabalho no oitavo andar com vista pro mar. Entre uma pausa e outra, café com biscoito, descanso os olhos sobre o verde-azul infinito que decora o fundo de tela do [Ler mais …]

Falta

A história você já conhece: a gente nasce, cresce, envelhece e morre um dia. (Não necessariamente nesta ordem.) Mas o tal do morrer assusta, por mais “natural” que seja. É [Ler mais …]

© 2014 · Renata Feldman. Todos os direitos reservados. Design by Roberto Lopes.