É… A vida andou mesmo pausando por aqui. Devo ter emudecido de emoção, só pode.
As palavras me faltam, me fazem falta, quase passo mal sem elas. Acho que ficaram lá na Polônia, perdidas em meio ao cheiro adocicado de vó que também me faz tanta falta. (Ô.)
Fiquei em falta com você, querido(a) leitor(a), me perdoe, tanto tempo sem um “post novo para você”. Fiquei em falta comigo, você não imagina como minhas mãos coçam para escrever e a alma se agita aqui dentro. (Quase um oceano de ideias, insights, pensamentos. Todos resolvem conversar comigo de uma só vez.)
A gente volta de uma viagem tão maior, tão melhor, como se um Feliz Ano Novo acabasse de acontecer, mesmo fora de época. Mal pousamos e a rotina já nos espera no saguão do aeroporto, placa erguida com o nome e sobrenome em letras garrafais, muito bem-vindo(a). De volta ao seu fuso, sua terrinha, suas temperaturas amenas (de ventos não tão frios e cortantes), sua cama, seu chuveiro, sua comida preferida, sua correria, seus rostos tão familiares e queridos, sua rotina abençoada de trabalho.
E como é bom voltar. Lar doce lar, abraço apertado dos filhos, malas desfeitas, despertador tocando, trabalhar muito para desbravar outros destinos lá na frente. (Essa minha coleção acho que não vou completar nunca, só se viver 200 anos.)
Se as palavras andaram em falta por aqui, na labuta do dia-a-dia elas foram rapidamente dando o ar da graça, se aconchegando no silêncio da sala 804. Palavras entremeadas de choro, tristeza, angústia, emoção. Palavras que eu devolvo juntando percepção e coração, ah, como eu amo esse meu ofício. Cada escuta um roteiro, um mapa, uma história especial para juntar os pedaços. (Como é gratificante ver o poder transformador que as palavras têm de tocar as pessoas, desatar os nós, calar o medo e fazer cantar a esperança. Como é bonito esse movimento.)
As palavras também prosearam um bocado no meu artigo de mestrado, finalmente aceito para publicação. Em breve ele vai estar aqui no site contando um pouco do que descobri na minha pesquisa sobre Mulheres e Maternidade, esse universo tão fascinante e plural.
De prosa em prosa, fiquei feliz também de contribuir com o Jornal Estado de Minas em uma matéria sobre depressão infantil: o que andam sentindo nossas crianças e adolescentes em tempos de “Baleia Azul” e “13 Reasons Why.” Minhas palavras se juntaram a de outros especialistas no assunto, e o resultado foi um debate cheio de reflexão.
E você?
Em que pé parou? Quantas montanhas escalou? Para onde foi ou voltou?
Trabalhando a todo vapor ou precisando de uma boa e merecida pausa?
O que te move? O que te falta? O que te toca?
Trace o roteiro e vai, inventar felicidade por aí.
Cristiane Reis says
Renata, fez falta mesmo o tempo em que esteve fora, sem dividir conosco suas lindas palavras, seus sábios textos, poesia pura na vida da gente.
Seja bem vinda de volta!
E que tenhamos muitos oportunidades para te “ouvir” sempre.
Abraço afetuoso da sua fâ número 1!
Renata Feldman says
Cristiane querida,
Suas palavras me tocam feito abraço quentinho, carregado de boas energias!…
Sua receptividade rima com felicidade.
Obrigada pelo carinho!
Beijo!
Sergio Bahia says
Maravilhoso, tô todo arrepiado. Você é fera! 🙂
Renata Feldman says
Muito obrigada, Sergio, é uma alegria te ver por aqui!
Seja bem-vindo!
Abração!
Carlos Rogério Zech Coelho says
Que bom degustar novamente a delícia do seu texto,o balé das palavras que entra pelos olhos e me toca n’alma.
Seja muito bem vinda, cara Renata!
A montanha russa do dia a dia me chama para mais um frio na espinha ou um arrepiar de cabelos e nesse sobe e desce, as emoções borbulham ora como água fervente que me queima a pele, ora com doce champanhe que acalma as inquietações…
Renata Feldman says
Ahh, Carlos Rogério, que lindeza!
A emoção dá um sentido especial pra vida da gente!…
Estou daqui torcendo para que as inquietações possam se acalmar em meio à alegria de cada tintim!…
Abração, muito obrigada!