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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Você tem medo de quê?

26 de junho de 2015 por Renata Feldman
10 Comentários. Deixe o seu também.

 

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O post anterior não fui eu que fiz. A autoria é de uma menininha de 7 anos, do alto da sua sensibilidade e sapequice, às voltas com as sombras que a vida dá. (Ah,Bella, vou te apertar até espremer.)

No quarto dessa menina-poema, quando anoitece, tudo acontece:  maçaneta vira nariz de bruxa, cortina vira fantasma, armário vira espantalho. Quando clareia o dia, clareiam também as ideias. E lá vem a menina-poema, papel e caneta na mão, rimando os sentimentos que passeiam pelo coração. Dizendo que quando crescer vai ser psicóloga, escritora, veterinária e cozinheira. (Lá vem ela, com seus braços ainda tão pequenos, querendo abraçar o mundo.)

E sem saber, sem se dar conta, acaba escrevendo o que anda na alma de muita gente grande por aí: MEDO. Não de maçanetas ou espantalhos, mas de tantas outras sombras que nos assombram por aí.

Medo de amar, errar, não dar conta, fracassar.

Medo do que vai acontecer, medo de envelhecer, adoecer, morrer, doer.

Medo de perder quem mais ama nessa vida.

Medo do escuro que cobre a vista, deixando a gente tonto de tanto remoer pensamentos, lembranças, lutos.

Medo de elevador, avião, lagartixa, trovão.

Medo de florestas densas, noite fria, monstros importados da primeira infância.

Medo de não encontrar o caminho de volta pra casa.

Medo que paralisa, angustia, somatiza.

Medo de ser, pura e simplesmente ser quem você se propôs a ser.

Medo de ________________. (Que mais?, diga você.)

E aí vem o sol para dizer que já é dia. Clareou, meu bem. Pega papel e caneta, enche os olhos de brilho e perguntas. Abre a janela e deixa um tanto de luz entrar. Já amanheceu, menina. Hora de acordar. Enche os pulmões de coragem e transforma escuro em luz,  verso em reverso, rascunho em poesia.

Pega seu amor e vai dançar. Coladinho. Rosto com rosto. Alegria, alegria. Sem medo de ser feliz. Não é assim que dizem por aí?

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Arquivado em: Filhos, Vida
Marcados com: Bella, escuro, luz, medo

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Comments

  1. Dalmir says

    26 de junho de 2015 at 20:06

    Cada vez melhor. Deus te abençoe sempre. Beijos. ( Dalmir )

    Responder
    • Renata Feldman says

      26 de junho de 2015 at 20:17

      Amém, Dalmir! Muito obrigada!
      Abração!

      Responder
  2. Vovô Tito says

    27 de junho de 2015 at 07:27

    SIMPLESMENTE ADOREI ! VOVÔ CORUJA ASSUMIDO !

    Responder
    • Renata Feldman says

      27 de junho de 2015 at 10:22

      Assumido e lindo!
      Bj

      Responder
  3. Vera Mesquita says

    27 de junho de 2015 at 23:29

    Renata querida!Você me enganou direitinho, hein? rsrs Bem que achei o poema um tanto quanto “abstrato”… rsrs Mas pensei, pensei, li, reli, refleti… E cheguei a uma conclusão: Se existe o escuro, se existe a sombra, existe a luz. Onde encontrar a minha luz?… Abri a janela, deixei entrar o vento, um alento! Bem cedo espantei o medo! E, nos versos inocentes da Bella, enxerguei a beleza da vida, que embora doída, vale a pena ser vivida. Essa menina, linda e sapeca, nasceu poeta! Puxou a mãe e a avó. Família privilegiada que, como Manuel Bandeira, tem a poesia correndo nas veias.
    Além do medo de errar, de envelhecer (já envelheci), de lagartixa (muito!!!), de noite fria… do que eu tenho medo mesmo é de VIVER… Beijo!

    Responder
    • Renata Feldman says

      28 de junho de 2015 at 08:46

      Vera querida,

      Seu comentário é presente, luz, poema!…
      Vejo a Bella pegando você pela mão e te levando a abrir janelas, sorrindo para a vida apesar do medo que ela provoca tantas e tantas vezes.
      E para o passeio ficar completo, evocamos Guimarães Rosa e uma de suas frases que adoro: “O que a vida quer da gente é coragem.”
      Um abraço carinhoso, minha querida, abraço de urso como sabe bem a Bella.

      Responder
  4. Patrícia says

    30 de junho de 2015 at 11:11

    Nossa, como foi bom ler isto. Como foi bom ler os tipos de medo que sofri e sofro. Mas o meu pior medo já passou. Era o medo de morrer e deixar meus filhos pequenos sendo criados com outros tipos de amor, que seria bom também, mas não seria o meu amor de mãe. Beijo.

    Responder
    • Renata Feldman says

      30 de junho de 2015 at 16:53

      Ah, Patrícia, medo de mãe é tamanho, assim como imenso também é o seu amor.
      Que bom que passou.
      Abraço carinhoso!

      Responder
  5. Luiza solha says

    16 de fevereiro de 2019 at 12:06

    Parabéns Renata.
    Seus textos são maravilhosos.
    Vc sempre fala do nosso dia – a- dia com nossos medos,alegrias,carências…
    Continue sempre com mta luz e saúde.
    Beijo.

    Responder
    • Renata Feldman says

      17 de fevereiro de 2019 at 16:49

      Obrigada, Luiza! Fico feliz em saber que você se identifica com o blog. Seja muito bem-vinda e volte sempre!

      Beijo!

      Responder

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