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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Dor de pensamento

25 de fevereiro de 2015 por Renata Feldman
6 Comentários. Deixe o seu também.

cerebro_cora_o“Penso, logo existo.” Hesito. Complico. Devaneio. Desisto.

Com todo o respeito, Descartes, existir é pouco para uma mente pensante. Abundante. Falante.

Ultimamente as cabeças têm doído de tanto pensar, sou testemunha.  Além de todos os neurônios, circuitos e sinapses que já agitam tanto a massa cinzenta; além de todas os números, senhas, registros, listinhas e memórias; além de todas as palavras, frases e vírgulas nem sempre postas que fabricam nosso pensamento acelerado; além de tudo, tanto, tudo, ainda há monstros, fantasmas, bichos de sete cabeças habitando homens de uma cabeça só.

Contrariando sua lógica cartesiana, postulo a tese de que uma cabeça assombrada faz ponte direta com o coração. É fato. E nesse encontro ela quase mata o coitado de susto, de medo, de angústia em estado bruto. (Conhece?) Quase um choque anafilático, cabeça versus coração. E viva o dilema: “você quer ser feliz ou quer ter razão?”

Não tão simples assim. Sufocado, enfraquecido, espremido, é assim que o seu coração passa a bater.

E se o pensamento ainda resolve chamar a imaginação para um “blá”, aí é que a cabeça vira uma enorme tela de cinema. Filme de terror, prepare-se. Com direito a efeitos especiais, ruídos ensurdecedores, baforada de dragão, destroços de guerra, Oscar de pior roteiro. Entre a vida real e a que se passa dentro da sua cabeça, abre-se um abismo sem fim. Sim, nem queira ver. Lá dentro tudo muito maior, mais complicado, mais pesado, à beira do inviável. “Cortem as cabeças”, esbravejaria a rainha de Alice no País das Maravilhas. Acendam as luzes, imploraria um coração cheio de lucidez e medo.

“Penso, logo existo.” “Existo, logo sofro”, se me permite complementar sua nobre e racional filosofia.

Tantos “ses”, tantos “senões”, labirintos e encruzilhadas, esconderijos e estilhaços se ocultam em um sistema nervoso cada vez mais nervoso. Almofadas macias e chá de camomila, por favor.

A cada pensamento seu há um sentimento correspondente, esta é a lógica. E por mais que ele pareça ser o intruso que arromba a porta e faz seu coração de refém, deixando monstros e bichos horrendos de vigília, seu pensamento é você que fabrica. Enredo, cenário, efeitos especiais, tudo é  autoria sua. Nada de ficção científica.

O chá está pronto.

Respira fundo, acende a luz, reinvente o roteiro.

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Arquivado em: Vida
Marcados com: existência, pensamento, sentimento

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Comments

  1. Selma Ribeiro Araujo says

    25 de fevereiro de 2015 at 20:21

    Você se superou. Sou mestra nessa briga. Já ganhei todos os cinturões . Às peso leve, às vezes pesado. Pobre coração. Vive sofrendo. Quero ser só razão?
    Pensa que consigo?

    Responder
    • Renata Feldman says

      25 de fevereiro de 2015 at 22:22

      Bem-vinda à vida, Selma!… Se você banca essa briga é sinal de que é de carne e osso, e tem um coração enorme batendo aí no peito…
      Abraço carinhoso!

      Responder
  2. Cidinha Ribeiro says

    26 de fevereiro de 2015 at 18:47

    Oi, Renata, pensando bem…
    Pois é, o tema dá uma briga boa, principalmente com o desejo de descanso, pausa para não pensar. Quem me dera poder fechar essa porta, tirar a chave e dizer: só abro quando quiser.
    Aí, pensaria de novo, com prazer, sobre a grande mágica que é voar sem asas. Parabéns, minha querida! Bom saber que sua cabecinha pensante possui a habilidade de renovar ideias e despertar motivos para outras reflexões. Bjs.

    Responder
    • Renata Feldman says

      27 de fevereiro de 2015 at 11:18

      Ah, voar sem asas… Quando o pensamento encontra a poesia a vida fica tão melhor de se viver, Cidinha!
      Obrigada pelo comentário-presente!

      Abraço carinhoso!

      Responder
  3. Ana says

    29 de março de 2015 at 10:41

    Texto lindo, Rê!
    Pensar demais, às vezes, atrapalha mesmo.
    Difícil é achar a medida.
    Beijos!

    Responder
    • Renata Feldman says

      30 de março de 2015 at 16:59

      Sim, Ana.
      Quando a cabeça “fala” demais, o coração acaba ficando sem voz…

      Beijo, saudade!

      Responder

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