• Início
  • Apresentação
  • Clínica
  • Livros
  • Palestras
  • Entrevistas
    • TV
    • JORNAL
    • RÁDIO
    • REVISTA
  • Pesquisas
  • Artigos
  • Contato

Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

  • Amor
  • Família
  • Autoestima
  • Trabalho
  • Vida
  • Homens
  • Mulheres
  • Mães
  • Filhos

AniverGalo

28 de julho de 2014 por Renata Feldman
12 Comentários. Deixe o seu também.

10526105_4443992315689_2654103122091716136_n2013-09-07 17.29.56

Imagine uma grande festa de aniversário.

Sessenta mil convidados, todos absolutamente confirmados.

Traje clássico-esportivo, pretinho básico indefectível mesclado com traços de branco.

Horário: 22 horas, com previsão de término entre meia-noite e uma da manhã.

Data: 23 de julho, quarta-feira.

Local: Estádio Governador Magalhães Pinto, Mineirão.

Aniversariante: meu marido, um inveterado apaixonado pelo Galo, paixão de longa data.

Menu: autêntico tropeiro e torta de coco de sobremesa com 44 velas acesas. O pedido? Adivinha.

E eu, que nunca tinha ido ao campo (a não ser para fazer um trabalho de antropologia cultural, de costas pro jogo e bloquinho na mão registrando a expressão da torcida, como já contei por aqui) fui a primeira a aderir à  grandiosa e peculiar comemoração. Galoooooo!

Eu, que sempre amei gente mas nunca gostei de multidão, futebol, confusão, acabei entrando no clima. (Aniversário é causa nobre, especialmente de quem, iria até pra lua se preciso.)

E foi aí que eu entendi essa paixão que tem hino, torcida e escudo estampado no lado esquerdo do peito. Ainda dentro da van eu via pela janela um grande contingente preto e branco caminhando com euforia em direção ao estádio, bandeira protegendo as costas, friozinho de 13 graus contrastando com muito calor humano. Naquela noite éramos todos iguais. Todos um mesmo sonho, um mesmo uniforme, um mesmo ideal, uma mesma raça, energia e vontade. Unanimamente atleticanos, simplesmente. Uma forte sensação de cumplicidade e pertencimento correndo nas veias.

Explodindo no céu, fogos de artifício desejavam boas-vindas, bom jogo, Feliz Ano Novo, parabéns pra você. Meus filhos não sabiam se estavam no Mineirão ou na Disney. Minha sogra fazia de conta que a dor crônica no joelho não passava de ficção científica;  o que uma mãe não faz por um filho? Minhas cunhadas não cabiam em si de felicidade, uma delas bem-acompanhada pelo marido cruzeirense, nunca vi cunhado tão amoroso e desprendido.

Quando finalmente adentramos o estádio pelo portão D e acessamos a arquibancada, mais emoção. Sabe mineiro vendo o mar pelo primeira vez? Foi assim que eu me senti diante daquele gramado verdinho, gigante, ao vivo e em cores, tão mais bonito e de verdade que na televisão.

Eu, que escuto a palavra sofrimento várias vezes por dia no meu ofício, confirmei o quanto ele ganha força coletiva elevada ao quadrado num jogo do Galo. Vi marmanjo roendo as unhas, mulher borrando a maquiagem, criança perdendo o sorriso nos 48 minutos do segundo tempo. Sofri.

Mas como tudo na vida vira, veio a prorrogação como presente: dois gols redondinhos  pra entrar na história, pra fazer bonito, pra cantar alto esse hino de raça e amor.

Nem preciso dizer que o fim da festa foi só o começo.

Compartilhe no Facebook! Compartilhe no Twitter!

Relacionados

Torcida Receita do Amor em Pedaços Desconectados AMORversário

Arquivado em: Amor, Família, Homens, Mulheres, Vida
Marcados com: aniversário, festa, Galo, torcida, vitória

Seu comentário é muito bem-vindo Cancelar resposta

* Campos obrigatórios. Seu endereço de e-mail não será publicado.

Comments

  1. andre lemos says

    29 de julho de 2014 at 12:47

    Magistral, lindo, apaixonante.. com você eu vou até para Lua. Lua de mel!!!!! Amor…..

    Responder
    • Renata Feldman says

      29 de julho de 2014 at 19:43

      Galoooooo!

      Responder
  2. Marcelo Pessoa says

    29 de julho de 2014 at 15:01

    Parabens Renata pelo lindo texto como sempre ! Eu estava la, junto com vocês e comemorando o aniversário do nosso amigo André e o titulo da Recopa ! Show ! Inesquecível este aniversário !!

    Responder
    • Renata Feldman says

      29 de julho de 2014 at 19:45

      A presença de vocês foi – como sempre é – especial, Marcelo. Show de bola!
      Muito obrigada!

      Responder
  3. Maria Inês says

    29 de julho de 2014 at 16:24

    PARABÉNS EM DOSE DUPLA!
    ANDRÉ, muitas felicidades e saúde! Adorei saber como foi a comemoração deste grande dia. Continue celebrando tudo do melhor da vida com sua família linda e querida.
    RENATA, que show de texto e de comemoração dedicada ao André. Ideia ótima.
    Abraços para vocês.

    Responder
    • Renata Feldman says

      29 de julho de 2014 at 19:48

      O parabéns é em dose tripla, Maria Inês. Pelo seu aniversário também, lembrado com carinho a cada dia 23 de julho, e este ano comemorado com gols de vitória e muita alegria.
      Muito obrigada, minha querida. Você também faz parte desta história.
      Abraço carinhoso!

      Responder
  4. Sandra Lemos Santos says

    29 de julho de 2014 at 19:22

    Pena que eu não estive lá!!! Mas senti tudo a emoção quando li o seu texto!!! Vale tudo pelo amor!

    Responder
    • Renata Feldman says

      29 de julho de 2014 at 19:49

      Esteve sim, Sandra querida. Pelo pensamento, pelo coração e pela carinha de felicidade da sua irmã gêmea.

      Beijos!

      Responder
  5. Sérgio lemos says

    29 de julho de 2014 at 19:37

    Que texto lindo , e para ficar na memória de todos nós este dia fiquei muito feliz de ver vocês lá pena que eu estava do outro lado do campo mas não vai faltar oportunidade abraços a todos aí valeu primo

    Responder
    • Renata Feldman says

      29 de julho de 2014 at 19:50

      Este dia entrou pra história, Sérgio. Sentimos do outro lado a sua energia e boas vibrações.
      Obrigada!
      Abração!

      Responder
  6. André Vargas says

    31 de julho de 2014 at 03:59

    Renata, você descreveu muito bem o dia e momentos de um jogo do Galo! Espero que seja a primeira de muitas participações suas em nossa torcida! VAMOS GALOOOO!!!!

    Responder
    • Renata Feldman says

      31 de julho de 2014 at 17:48

      Dá-lhe emoção, André. Dá-lhe Galo!
      Abraço!

      Responder

Convite

Faça deste blog um espaço seu. Para rir, chorar, pensar, interagir. Seus comentários são muito bem-vindos. Obrigada pela visita e volte sempre!

Post para você

Deixe aqui o seu e-mail e receba os posts do blog diretamente na sua caixa postal.

Veja sua caixa de entrada ou pasta de spam para confirmar sua assinatura.

Busca

Direito autoral

Os textos deste blog são de autoria de Renata Feldman. Caso queira reproduzi-los, gentileza indicar o crédito (Lei Federal nº 9610, de 19/02/98)

Arquivo do blog

Posts favoritos

História de amor

Eles se gostaram, se enamoraram, se casaram. Combinaram de jamais perder o encanto, jamais desafinar o canto, jamais se perderem de vista. Criaram um ritual de comemorar o aniversário de [Ler mais …]

Angústia

Bolo no estômago, dor no peito, noites em claro. Quem nunca teve angústia que respire aliviado. Quando ela vem, não avisa nem pede licença. Arromba a porta da alma, paralisa os [Ler mais …]

Mergulho

A resposta pra tudo? Amar. Do jeito que se aprendeu a rimar até mesmo o que não tem rima. Sina, sino, sinto em mim a força e a brandura que [Ler mais …]

Presente

Não, você não está sozinho. Não é o único a colecionar traumas de infância, espinhas de adolescente, medos de gente grande. Se olhar pra trás vai enxergar um tanto de [Ler mais …]

Encontro marcado

Tomou um banho de horas. Shampoo, condicionador, esfoliante, óleo de maracujá para acalmar o mundo que costuma carregar nas costas. Pintou as unhas, passou perfume, hidratou as rugas, passou a [Ler mais …]

Rotina de trabalho

Trabalho no oitavo andar com vista pro mar. Entre uma pausa e outra, café com biscoito, descanso os olhos sobre o verde-azul infinito que decora o fundo de tela do [Ler mais …]

Falta

A história você já conhece: a gente nasce, cresce, envelhece e morre um dia. (Não necessariamente nesta ordem.) Mas o tal do morrer assusta, por mais “natural” que seja. É [Ler mais …]

© 2014 · Renata Feldman. Todos os direitos reservados. Design by Roberto Lopes.