Parece simples.
Uma bola, uma rede, um par de asas no pé.
Vai lá e faz.
Voa, faz bonito, faz sentido, faz um estádio inteiro tremer com um grito contagiante de gol.
Não é tão simples quanto parece. Carece de garra, raça, determinação, talento, prece. Muito além de estratégia e técnica, me desculpem os especialistas.
E porque não é fácil a gente sua a camisa. Sofre. Chora. Perde a voz mas não perde a batalha.
E porque não é fácil a adrenalina sobe, o coração bate forte, a vitória vira abraço.
Qualquer semelhança com a sua vida não é mera coincidência. Sua correria, seu dia-a-dia, sua labuta, seus tiros de meta. Seu sonho, sua insônia, seu trabalho, seu suor sagrado. Sua paixão, sua bandeira, seu hino, sua emoção de realização.
Quantas vezes você tentou acertar e errou? Quantas vezes a bola bateu na trave e não entrou? Quantos cartões vermelhos, quantas faltas e prorrogações doídas você já viveu?
Ninguém te disse que seria fácil, meu craque.
E é aí que você veste a camisa e vai. Segue em frente, cabeça erguida, sonho no peito e asas no pé, cordas vocais vibrando com esse grito.
Vai voar porque a torcida é grande, o sonho é possível, acreditar é verbo intransitivo. Vai.
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