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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Prosa hilária

22 de setembro de 2013 por Renata Feldman
8 Comentários. Deixe o seu também.


Tem coisas que não têm a menor graça. Outras acabam tendo, mesmo sem ter que ter.
Certo é que o riso é terapêutico, disso não há a menor dúvida. Desopila o fígado, faz bem pra pele, pra alma, pra tudo. Se bobear até emagrece, haja vista os abdominais que a gente faz quando se contorce de tanto rir.
Já disse no post anterior que minha mãe, além de extremamente aberta para falar dos assuntos mais difíceis, é prática e objetiva, e gosta das coisas bem organizadas. Tudo no lugar certo, a tempo e a hora.
Só não imaginava que ela fosse chegar a tanto. Quase morri de rir.
Depois que ela ticou o ítem “cemitério” da sua listinha (se você não leu o post anterior, dá um pulinho lá), foi organizar a papelada numa pasta e se deparou com o tal ímã de geladeira para quando fosse a hora. Olhou o relógio: quinze pra meia noite de uma segunda-feira.
Sem pestanejar, ligou para o número indicado.
Do outro lado da linha, a voz sonolenta de um homem atendeu prontamente:
– Serviço Funerário Israelita boa noite Miguel, plantão 24 horas por dia.
– Desculpa, foi engano. (!)
E assim, certa de que o serviço funciona mesmo, foi dormir tranquila. Tudo certo e conferido.
Nem preciso dizer o quanto este episódio rendeu no dia seguinte.
Minha irmã, morrendo de rir, soltou o seguinte comentário:
– Coitado do coveiro, gente. Deve ter voltado a dormir aliviado quando viu que não ia ter que trabalhar de madrugada.
Mas o hilário mesmo ainda estava por vir.
Quatro dias depois, já passava de meia-noite e meu marido resolveu pregar uma peça na sogra.
Ligou para ela e fez uma voz completamente diferente, falando rápido e rasteiro, num português bem afetado:
– Boa noite, Dona Clara, aqui é do Serviço Funerário Israelita. Antes de mais nada gostaríamos de te dar as boas-vindas, a senhora é a nossa mais nova inquilina.
– Inquilina não! Proprietária!
– Temos aqui registrada uma ligação da senhora, podemos ajudar?
– Eu? Não liguei não, o senhor está enganado.
– Não estou não, engano foi o que a senhora disse quando ligou, mas que a senhora ligou, ligou.
– Qual o seu nome?
– É Miguel. A seu dispor.
– Miguel, você está falando muito rápido! Você podia falar um pouco mais devagar?
– Posso não, Dona Clara. A vida é curta, por isso eu falo rápido! A vida é curta, curta, curta. E aqui o nosso lema é: ligou, enterrou.
– Mas… como é que você sabe que fui eu? Como é que conseguiu meu telefone?
– A senhora esqueceu que nós temos convênio com o Serviço de Inteligência Israelense?
– Não fui eu, nego até a morte.
– Foi sim, nós confirmamos estes dados com a sua filha Renata.
– A minha filha?! Eu vou ligar pra ela agora!!!
– Precisa não, ela está aqui do meu lado. Vou passar pra ela. (!)
……………………………………..
59 abdominais, fígado em dia, pele nos trinques. Isso é que é literalmente rir pra não chorar.

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Arquivado em: Vida
Marcados com: cemitério, chorar, mãe, rir, sogra

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Comments

  1. Ana says

    22 de setembro de 2013 at 17:16

    Coitada da Clara, gente! Quase morreu do coração, pra morrer de rir depois. Beijos, querida!

    Responder
  2. Renata Feldman says

    22 de setembro de 2013 at 17:23

    Impagável, Ana. A gente riu da barriga doer! Beijos, querida!

    Responder
  3. Anonymous says

    6 de outubro de 2013 at 18:31

    Ô meu pai! Hilario!

    Responder
  4. Renata Feldman says

    6 de outubro de 2013 at 19:52

    “Ô minha mãe”, Anônimo! Impagável!
    Obrigada pela visita, volte sempre!

    Responder
  5. Anonymous says

    7 de outubro de 2013 at 10:37

    Esperando o próximo texto…

    Responder
  6. Renata Feldman says

    8 de outubro de 2013 at 10:27

    Meus dedos estão coçando para escrever, Anônimo. Mas é que estou em plena finalização do meu segundo livro, Refúgio, e o blog teve que ficar numa pausa maior do que eu gostaria. Logo logo tem mais texto para você.
    Obrigada pela visita, volte sempre!

    Responder
  7. Cilene says

    28 de novembro de 2018 at 21:02

    Amei os 2 textos, Renata. Morrendo de rir!! Muito bom!!!

    Responder
    • Renata Feldman says

      29 de novembro de 2018 at 14:25

      Ahh, Cilene, ri de novo por aqui, cinco anos depois!…
      Morrer de rir é a melhor “causa mortis” que devia existir, não é mesmo? E ainda continuar vivendo, lendo, relendo, rindo mais um bocado!…
      Que bom que gostou.

      Beijo grande!

      Responder

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