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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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Encontro marcado

28 de junho de 2012 por Renata Feldman
10 Comentários. Deixe o seu também.

Tomou um banho de horas.
Shampoo, condicionador, esfoliante,
óleo de maracujá para acalmar o mundo
que costuma carregar nas costas.
Pintou as unhas, passou perfume, hidratou as rugas,
passou a perna no tempo.
Batom vermelho, sombra nude, luz que sempre foi sua.
Há um bom tempo não se sentia assim.
Descompromissadamente inteira, dona de si, faceira.
Completamente face to face,
nenhum vestígio seu no facebook.
Olhou o relógio, subiu no salto, entrou no táxi.
– Restaurante Outono, por favor.
Leve aumento da frequência cardíaca.
Última retocada no batom.
Mesa reservada com o seu nome, vela acesa.
Atraso de vinte minutos.
Suspiro sutil de quem se preparou
há anos para este encontro.
Sentou-se tranquila, cruzou as pernas,
chamou o garçon, pediu um vinho.
Fez da taça espelho, sorriu por dentro,
brindou sozinha a alegria.
– Espera alguém?, interrompeu o garçon.
Ao movimento negativo da cabeça
sobreveio o movimento leve da alma, do corpo,
da emoção de quem um dia finalmente se encontrou.
Solitariamente bem-acompanhada.

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Arquivado em: Autoestima, Mulheres
Marcados com: auto-estima, mulher, sozinha

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Comments

  1. Anonymous says

    13 de julho de 2012 at 08:35

    Nossa melhor companhia somos nós mesmos, depois quem chegar. Fabiana

    Responder
  2. Renata Feldman says

    16 de julho de 2012 at 22:07

    Companhia preciosa, Fabiana. Tesouro para quem chegar.
    Abraço!

    Responder
  3. Mirla Carolina Braga says

    14 de janeiro de 2014 at 10:40

    Coloquei este post no meu face.. Eu, uma menina mulher beirando seus 31. Louca para ter filhos mas que não quer a rotina de um casamento; Feminista de carteirinha mas que adora quando pagam a conta do jantar. Que se perde as vezes neste dilema de ser eu. Ah! Porque justo a mim coube ser eu?? Pergunta esta que também me faz lembrar de um texto da Clarisse L. “Quando perco alguma coisa, me pergunto se eu fosse eu onde guardaria? – SE EU FOSSE EU. Eu já tenho a resposta disto.. finalmente…
    Diante desta crônica, e de refletir muito eu me respondo:
    Se eu fosse eu, eu queria ser igual a mim. E pagaria jantares e enviaria flores..

    ADOREI – PARABÉNS

    Responder
  4. Renata Feldman says

    19 de janeiro de 2014 at 13:09

    Que lindeza, Mirla!… Seu comentário veio como um presente, desculpe pela demora em responder… Eu que adoro Clarice Lispector não conhecia este texto dela, mas coincidentemente li uma crônica da Martha Medeiros fazendo menção a ele. A pergunta “Se eu fosse eu” é instigante, terapêutica, um convite à inteireza e autenticidade, já a estou utilizando no consultório. Que você seja cada vez mais igualzinha a você, com direito a flores, jantares e o que mais fizer você feliz.
    Beijo e obrigada pela visita, volte sempre!

    Responder
  5. Selma M R. Araujo says

    11 de fevereiro de 2015 at 22:21

    Nesse vc se superou amei.

    Responder
  6. Selma M R. Araujo says

    11 de fevereiro de 2015 at 22:24

    Estou cada dia mais encantada. Preciso te contar aquele segredo Quero vê-lo descrito por vc. Bjinsss

    Responder
  7. Maria Inez Girardele says

    4 de novembro de 2015 at 17:03

    E não é que é assim mesmo, quando, finalmente ,nos encontramos? Parabéns, Renata. Post lindo !
    Abraços

    Responder
    • Renata Feldman says

      4 de novembro de 2015 at 17:20

      É sim, Maria Inez. E esse encontro é pra lá de bonito!
      Fiquei feliz com a sua visita, querida. Seja bem-vinda e volte sempre!
      Abraço carinhoso

      Responder
  8. Angela Belisário says

    25 de dezembro de 2015 at 18:25

    Lindo este encontro com si mesma, deve ser maravilhoso…

    Beijo, Angela Belisário

    Responder
    • Renata Feldman says

      27 de dezembro de 2015 at 17:09

      Encontro especial e merecido, Angela!… Regado a muito amor e autoestima.
      Abraço carinhoso, minha querida!

      Responder

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