• Início
  • Apresentação
  • Clínica
  • Livros
  • Palestras
  • Entrevistas
    • TV
    • JORNAL
    • RÁDIO
    • REVISTA
  • Pesquisas
  • Artigos
  • Contato

Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

  • Amor
  • Família
  • Autoestima
  • Trabalho
  • Vida
  • Homens
  • Mulheres
  • Mães
  • Filhos

Pêsames

2 de fevereiro de 2012 por Renata Feldman
10 Comentários. Deixe o seu também.

O sol que me desculpe,
mas não tinha o direito de se levantar cedo,
como que de costume.
Não tinha que se levantar.
Falo do escuro que se faz quando a vida se vai.
Penumbra, negritude, completa escuridão.
Nem pó de estrela, nem vela ou lanterna
pra iluminar o dia que acordou no luto. No susto.
Alguém morreu e paradoxalmente a vida segue lá fora.
Ônibus circulam, carros soltam fumaça,
pulmões choram a falta de ar.
Falta. Ausência. Salta essa parte ruim da história.
Sai fornada de pão na padaria.
Gente apressada atravessa a rua.
Gente atordoada atravessa a dor.
A vida continua nas esquinas, varandas, cirandas.
Por que tanto movimento
se está tudo parado aqui dentro?
O bebê chora, o telefone toca, o carteiro manda notícias.
A vida pára e anda no cortejo.
Pranto de chuva, despedida que não foi pedida,
tristeza absoluta em sol menor.

Compartilhe no Facebook! Compartilhe no Twitter!

Relacionados

Força Palhaço também é gente “Românticos Anônimos” Conversas de eleva-dor

Arquivado em: Vida
Marcados com: dor, luto, morte, tristeza

Seu comentário é muito bem-vindo Cancelar resposta

* Campos obrigatórios. Seu endereço de e-mail não será publicado.

Comments

  1. Anonymous says

    2 de fevereiro de 2012 at 07:56

    Rê, para as pessoas que vivem o luto as suas palavras, certamente, são um grande consolo.
    Quanta sabedoria!
    Lucia

    Responder
  2. Renata Feldman says

    2 de fevereiro de 2012 at 08:26

    Se estas pessoas se identificarem com o texto, Lucia, já não se sentiram tão sozinhas.
    Beijos carinhosos!

    Responder
  3. Bê Sant Anna says

    2 de fevereiro de 2012 at 08:33

    É como um casamento desfeito no atropelo da vida, querida Rê Feldman. Ê menina que escreve bem, gente.
    Bê ijo deste muito amigo

    Responder
  4. Renata Feldman says

    2 de fevereiro de 2012 at 08:47

    Atropelamento dói muito, Bê.
    Quanto a escrever bem, estou indo na sua toada. Dia 17 de abril tem lançamento de livro, você já está convidado, meu amigo!
    Bjs

    Responder
    • Bê Sant Anna says

      9 de fevereiro de 2012 at 07:32

      Delícia! O que precisar conte comigo! Me lembre antes pra que possa indicar no meu blog e no facebook (1500 pessoas sempre ajudam!) O meu segundo tá na esteira. Também pronto, está com a turma do design leiautando… 😉
      E vamo que vamo!!! Bê ijo carinhoso em toda família!

      Responder
    • Renata Feldman says

      9 de fevereiro de 2012 at 09:01

      Agradeço demais, Bê!
      E conta comigo também! Já estou com o pezinho fincado na fila dos autógrafos!
      Abração!

      Responder
  5. Anonymous says

    7 de fevereiro de 2012 at 22:06

    olá Renata, hoje quando acessei seu blog e vi esta mensagem postada, disse: é assim que estou, meu noivado está por um fio, podemos dizer que está na UTI, dia 11/02/12 saberei se voltaremos ou não. Dor imensa de amor, se acabar, eu pedirei ao tempo que cicatrize a ferida. Seis anos…

    Responder
  6. Renata Feldman says

    8 de fevereiro de 2012 at 07:26

    Sinto muito pela sua dor, “Anônimo”… O amor também morre, e às vezes renasce com mais força, apesar de todas as feridas que deixou. Que bom que existe o tempo para cicatrizar tudo.
    Muita luz para você!…
    Obrigada pela visita, volte sempre.

    Responder
  7. Adriana says

    19 de novembro de 2014 at 19:18

    Não tem nada que ilumine o dia que acordou no luto. Com susto, um dia se acorda com um toque de telefone. O sol nem tinha aparecido. E desde este dia, ele nunca mais levantou com sua luz própria. Porque uma vida foi embora. Mas a vida de quem ficou tem que seguir. Não se deve saltar a parte ruim da história. Não dá para passar por cima, porque senão isso não se resolve. É necessário chorar tudo que se tem para chorar. Senão fica tudo parado aqui dentro. E a ausência se torna um vazio sem fim. É preciso viver o luto. Senão a vida passa de liso.

    Responder
    • Renata Feldman says

      20 de novembro de 2014 at 15:26

      Sim, Adriana,

      O luto é duro, mas precisa ser vivido. Haja força, haja serenidade, haja tudo.

      Abraço carinhoso!

      Responder

Convite

Faça deste blog um espaço seu. Para rir, chorar, pensar, interagir. Seus comentários são muito bem-vindos. Obrigada pela visita e volte sempre!

Post para você

Deixe aqui o seu e-mail e receba os posts do blog diretamente na sua caixa postal.

Veja sua caixa de entrada ou pasta de spam para confirmar sua assinatura.

Busca

Direito autoral

Os textos deste blog são de autoria de Renata Feldman. Caso queira reproduzi-los, gentileza indicar o crédito (Lei Federal nº 9610, de 19/02/98)

Arquivo do blog

Posts favoritos

História de amor

Eles se gostaram, se enamoraram, se casaram. Combinaram de jamais perder o encanto, jamais desafinar o canto, jamais se perderem de vista. Criaram um ritual de comemorar o aniversário de [Ler mais …]

Angústia

Bolo no estômago, dor no peito, noites em claro. Quem nunca teve angústia que respire aliviado. Quando ela vem, não avisa nem pede licença. Arromba a porta da alma, paralisa os [Ler mais …]

Mergulho

A resposta pra tudo? Amar. Do jeito que se aprendeu a rimar até mesmo o que não tem rima. Sina, sino, sinto em mim a força e a brandura que [Ler mais …]

Presente

Não, você não está sozinho. Não é o único a colecionar traumas de infância, espinhas de adolescente, medos de gente grande. Se olhar pra trás vai enxergar um tanto de [Ler mais …]

Encontro marcado

Tomou um banho de horas. Shampoo, condicionador, esfoliante, óleo de maracujá para acalmar o mundo que costuma carregar nas costas. Pintou as unhas, passou perfume, hidratou as rugas, passou a [Ler mais …]

Rotina de trabalho

Trabalho no oitavo andar com vista pro mar. Entre uma pausa e outra, café com biscoito, descanso os olhos sobre o verde-azul infinito que decora o fundo de tela do [Ler mais …]

Falta

A história você já conhece: a gente nasce, cresce, envelhece e morre um dia. (Não necessariamente nesta ordem.) Mas o tal do morrer assusta, por mais “natural” que seja. É [Ler mais …]

© 2014 · Renata Feldman. Todos os direitos reservados. Design by Roberto Lopes.