Ontem eu dei uma entrevista para o MGTV sobre um tema bastante comum e ao mesmo tempo complexo: “pessoas negativas, destrutivas, que puxam o outro pra baixo “. (http://g1.globo.com/videos/minas-gerais/v/especialista-ensina-como-lidar-com-criticas-negativas/1583961/#/todos%20os%20v%C3%ADdeos/page/1)
Como o assunto dá pano pra manga e o tempo é sempre contadinho no Programa, resolvi estender um pouco do tema por aqui, explorando especialmente o lado de quem sofre com o que vem dessas pessoas tão esvaziadas de auto-estima.
Que elas não percam jamais a lucidez de enxergar que o problema não é com elas, mas com aquele que pisa, humilha, puxa pra baixo. O foco não é a vítima, mas o algoz. Ele tem dificuldades a resolver. Falta a ele uma boa auto-estima, assim como também faltam habilidades emocionais, interpessoais, muitas vezes profissionais. É o professor que diminui o aluno, o chefe que destrói o funcionário, a patroa que acaba com a raça da empregada. Por mais paradoxal que pareça, o conflito também pode surgir entre marido e mulher, pai e filho, parentes que acabam virando serpentes. Pessoas assim buscam compensar a baixa auto-estima com poder, na ilusão de se fortalecer com a fragilidade do outro.
Mera ilusão, sinto lhe dizer. Mas aí vão duas boas notícias:
1) o que é puxado pra baixo pode perfeitamente, com a segurança e auto-estima que tem, colocar limite e dar a volta por cima.
2) o que puxa pra baixo pode reconhecer que a fragilidade na verdade é sua, e buscar mudar para sobreviver emocionalmente.
Bem-vindo à vida, cheia de desafios e oportunidades pra gente crescer. Mesmo que às custas de muito tombo no chão.
Anonymous says
Ainda bem que tem cura, amiga! O duro é perceber quando isso acontece. Muitas vezes é tão sutil… mtos beijos
Vick
Renata Feldman says
É, amiga, mas nem mesmo toda a sutileza consegue esconder a perversão, o sadismo ou simplesmente a auto-estima lá no pé…
Beijos, muitas saudades!
Adriana says
É Renata… e quando a gente puxa pra baixo “nós mesmos”… com um sentimento de não sobrevivência emocional. Sei que é preciso lhe escutar… ter mais segurança, confiança e dar volta por cima. Mas é tão difícil. É um trabalho árduo. Ainda penso em como queria ter conhecido a Renata há mais tempo. Época ideal heim… a que você escreveu esse post. Cheguei aqui porque coloquei na busca: “segurança”. Beijo.
Renata Feldman says
É, Adriana…
Bonito é quando a gente descobre que, da mesma maneira que é capaz de puxar pra baixo, também é capaz de puxar pra cima, lembrando que nada é mais importante que o amor nutrido por si mesmo. É por aí que a gente encontra a tão sonhada segurança.
Abraço carinhoso!