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Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida. Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições. Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada. A vida cabe num blog.

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De vó em vó

7 de setembro de 2010 por Renata Feldman
8 Comentários. Deixe o seu também.

Minha vó morreu quando eu tinha quatro anos. Cresci sem entender a ausência daquela que enchia a minha vida de luz, presença e rima.
Para a idade que tinha, me lembro de muita coisa: do chinelo azul cinco números maior, com que eu desfilava pela casa inteira; do quintal florido de hibiscos; das sextas-feiras em que ia dormir lá e ela deixava o meu avô para adormecer comigo – ela na cama e eu na bicama. (Até que um dia acordei e a cama estava vazia – ela havia ido ao médico para tratar do câncer e eu, como que num pressentimento ruim, tive uma crise de choro que ninguém soube explicar.)
Não me esqueço das vezes em que a vovó Bella vinha me buscar no seu fusquinha azul e me levava para passear no velho e bom Mercado Distrital. Sentada no carrinho de compras, os pés balançando, me sentia na Disney quando ganhava o já tradicional pirulito alaranjado, feito de puro açúcar. Também me lembro com nostalgia do bombom Alpino, que lambia até derreter.
Dizem que dela herdei muitas coisas – o sorriso, o olhar, a paixão pelo piano, a compostura. Mas a mais preciosa herança de todas foi a filha dela, minha mãe, que neste exato momento encontra-se com o meu filho em plenas Serras Gaúchas, comendo fondue de chocolate e fazendo a maior farra num friozinho de sete graus.
Apaixonada que é por viajar, vovó Clara já levou o Léo pra Diamantina, Patagônia, Serra do Caraça e agora Gramado, tchê!.. Apenas os dois, companheirinhos de quarto, céu e estrada, numa sintonia que só pode ser de outras vidas.
E quando a mãe aqui liga pra matar saudade, ele é prático e objetivo, não tem tempo a perder:
– Oi, mãe, um beijo, tchau!
Se eu, que já rodei o Mercado Distrital e não troco essa experiência por nada deste mundo, imagina o Léo, perito que está ficando no assunto. (Ai dele se esquecer meu chocolate.)

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Comments

  1. Anonymous says

    8 de setembro de 2010 at 11:24

    E o da madrinha tb…..

    Responder
  2. Renata Feldman says

    8 de setembro de 2010 at 11:38

    Ele não é doido de esquecer, comadre!…

    Responder
  3. suellen nara says

    10 de setembro de 2010 at 17:09

    eu tenho uma avó que nem se eu tivesse sete vidas seria suficiente para retribuir tudo o que ela fez por mim, aliás, tenho duas.fortes feito rocha.

    Responder
  4. Renata Feldman says

    13 de setembro de 2010 at 21:45

    Que privilégio maravilhoso, Suellen!… Aproveite bem cada uma delas!
    Beijos

    Responder
  5. Anonymous says

    15 de setembro de 2010 at 18:39

    Ahhhhh Renata, este post me fez lembrar também muito da minha avó materna, de quem eu era “a predileta”.
    Casa de vó … colo de vó … comida de vó … fazenda de vó … doces de vó … carinhos de vó … viagens com a vó … tudo isto tem um sabor muito especial! Felizes e privilegiados também o Léo e a vovó Clara de poderem usufruir de tudo isso… Beijos carinhosos, Márcia

    Responder
  6. Renata Feldman says

    16 de setembro de 2010 at 11:15

    Márcia querida,
    Especial é o seu lugar por ter tido uma vó assim. Doces lembranças!…
    Beijos carinhosos

    Responder
  7. Anonymous says

    11 de outubro de 2010 at 14:15

    RENATA,
    ESTE POST ESTÁ LINDO. FIQUEI EMOCIONADA.
    BEIJOS. RENATA

    Responder
  8. Renata Feldman says

    14 de outubro de 2010 at 18:15

    Renata querida,
    Emoção é algo que preenche a alma da gente.
    Obrigada pelo carinho!
    Beijos,

    Responder

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