Infância, adolescência, vida adulta, terceira idade. O que parecem fases distintas configuram tênues fronteiras marcadas pela emoção.
Você pode até fechar um ciclo e abrir outro, mas sempre leva com você um pouco (ou muito) daquilo que ficou. Suas carências. Seus medos. Sonhos. Vontades.
Experimente olhar para trás e enxergar o menino gordinho. A menina que nunca era chamada pra jogar bola. O menino que perdeu o pai cedo. A menina assombrada por seus pesadelos. O adolescente tímido. A adolescente rebelde. O engravatado sem tempo pra brincar com os filhos. A executiva durona. O vovô com olhar de criança. A senhora que perdeu a memória para não se lembrar do fim.
As fases se distinguem na fisiologia e na carteira de identidade. Mas no fundo, uma fase carrega a outra no colo. As questões existenciais são cumulativas, permeadas de volta e resgate.
Qualquer que seja a sua idade, há muito de você dentro de você.
Anonymous diz
Hum, pois é. Minha adultescência está mais complicada que a adolescência…
Vick
Renata Feldman diz
É, amiga, vida de gente grande não é mesmo fácil… Às vezes dá uma vontade de voltar pra barriga da mãe, né?
Mas vai descomplicar, fique tranquila!
Beijos
Gabriela Oliveira diz
Ei Renata!
“uma fase carrega a outra no colo”… me vi em no seu post e pra falar a verdade eu gostei demais e acabei relendo.
Abraço grande!
Renata Feldman diz
É, Gabriela… Haja colo, viu? E muito carinho…
Bom te ver por aqui, está linda na foto!…
Abração