Não conheço nenhuma criança que tenha sido traumatizada pelo lobo mau. Fez parte da minha história, hoje faz parte da história dos meus filhos e é com alegria que eu passo ela pra frente, cantando: “Quem tem medo do lobo mau? Lobo mau! Lobo mau!…”
Mas hoje saí no meio de uma peça de teatro, extremamente incomodada com o teor da mensagem que estava sendo transmitida. Como o nome da peça é “Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Guará”, pensei que seria uma adaptação do conto original voltada para a questão ecológica. Ledo engano. Propaganda enganosa. Desagradável surpresa ao ver que pintaram um lobo dez vezes pior que o lobo mau: um lobo se dizendo ser o “espírito do mal”, persuadindo o pobre do lobo guará a fazer maldades, desde com uma formiga até com a avó do Chapeuzinho Vermelho.
O que era para ser diversão virou frustração. Melhor dizendo, indignação.
Para minha filha e sobrinha, foi como colocar na boca um pirulito cheio de pimenta. Para mim, o desgosto de ver uma peça infantil sem o menor zelo quanto aos valores incutidos no texto. De dar medo.
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