Curso de psicanálise. O tema, Desenvolvimento Emocional Primitivo. (Em outras palavras, este fascínio que é a relação mãe-bebê desde sempre, esse amor que não se explica, que de tão grande chega a doer.)
Escuto a teoria, passeio por Freud, Melanie Klein, Winnicott e acabo voltando no tempo. Um pouquinho de cada gravidez, o amor crescendo dentro de mim, a delicadeza de amamentar, olhos nos olhos, encontro de almas.
Volto à cena da sala de aula e escuto a professora falar dos objetos transicionais – os famosos paninhos, travesseiros, chupetas – recursos que as crianças encontram para enfrentar a angústia da separação com a mãe. Mãe que também é mulher, filha, dona de casa, profissional, entre tantas outras importantes titulações.
Aí danou-se. Levanto a mão e pergunto para a professora:
Aí danou-se. Levanto a mão e pergunto para a professora:
“- E quando o objeto transicional é a mão da mãe?!”
…
“Conheço uma menininha” que não deixou por menos. Ficou sem o cordão umbilical, perdeu o seio materno mas não abriu mão de uma ligação ainda mais concreta e humana com a mãe.
Mãe, mão, no final tudo é conexão.
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